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Bélgica anuncia detenção de três suspeitos de participação no genocídio de Ruanda

Em Nyamata, Ruanda, há um memorial às vítimas do genocídio feito com o crânio das pessoas assassinadas; as caveiras mostram marcas de violência, como buraco de tiros e aberturas causadas por facões e machados - I. Inisheer
Em Nyamata, Ruanda, há um memorial às vítimas do genocídio feito com o crânio das pessoas assassinadas; as caveiras mostram marcas de violência, como buraco de tiros e aberturas causadas por facões e machados Imagem: I. Inisheer

Em Bruxelas (Bélgica)

03/10/2020 08h29

Três homens, suspeitos de participação no genocídio de Ruanda, foram detidos e acusados esta semana na Bélgica, anunciou à AFP a Procuradoria Federal.

"Dois foram detidos na terça-feira em Bruxelas e um na quarta-feira na província de Hainaut, em dois casos diferentes, mas similares, e os três foram indiciados por infrações graves do direito humanitário", explicou Eric Van Duyse, porta-voz da Procuradoria.

Um dos detidos foi liberado sob vigilância e os outros dois foram presos, completou, sem revelar a identidade dos acusados.

A Bélgica organizou cinco julgamentos vinculados ao genocídio de Ruanda desde 2001, que resultaram em noves condenações.

O genocídio de 1994 em Ruanda, durante o regime extremista hutu que estava no poder, deixou quase 800.000 mortos entre abril e julho daquele ano, essencialmente da minoria tutsi, mas também hutus moderados, segundo a ONU.