Inundações deixam um morto e mais de 20 desaparecidos na Itália e França
As inundações deixaram pelo menos um morto e mais de 20 desaparecidos neste sábado no norte da Itália, enquanto Veneza acionou pela primeira vez o sistema de diques móveis para impedir enchentes.
Um bombeiro voluntário de 53 anos morreu durante uma operação no Vale de Aosta, de acordo com a Defesa Civil, e 17 pessoas estão desaparecidas no Piamonte, onde muitas localidades, com ruas e casas inundadas, estão isoladas, anunciou o governo da região em um comunicado que cita uma situação "extremamente crítica".
Dezesseis pessoas desapareceram na província de Cuneo. As buscas acontecem na Itália e também do lado francês da fronteira. Um homem desapareceu depois que seu veículo caiu no rio Sesia, norte italiano.
Na França, nos Alpes Marítimos, os serviços de emergência informaram oito desaparecidos, incluindo dois bombeiros. Nas proximidades de Nice, quase 12.000 casas estavam sem energia elétrica.
As chuvas intensas e os fortes ventos também afetaram as regiões italianas de Veneto, Lombardia e Liguria.
Em Veneza, moradores e turistas se reuniram para observar pela primeira vez o acionamento do novo sistema de diques móveis para proteger a cidade das inundações, o fenômeno conhecido como "acqua alta", uma maré alta anormal que provoca inundações até na famosa praça de São Marcos.
Diante da enchente provocada pelas chuvas, as autoridades de Veneza decidiram elevar a barreira de diques móveis para impedir a entrada do mar na lagoa e evitar assim as inundações na cidade, formada por 118 ilhas.
"A praça de São Marco não foi inundada até o momento", anunciou no fim da manhã o capitão Marco Nobile, da Guarda Costeira, ao canal RaiNews24.
O sistema foi testado com sucesso pela primeira vez em julho.
O sistema de "impermeabilização" de Veneza, conhecido com o nome Mose (Moisés), com 78 comportas, tem o objetivo de proteger o imenso patrimônio artístico da cidade.
Veneza é vítima com frequência da "acqua alta", que inunda dezenas de lojas, hotéis e monumentos, assim como a famosa praça bizantina de São Marcos, como aconteceu em novembro do ano passado, quando a cidade sofreu uma das piores inundações da história.
Os venezianos tentam se recuperar tanto da crise provocada no turismo pela pandemia de coronavírus como pela dramática maré alta de novembro, quando o nível das águas atingiu 187 centímetros, o segundo maior nível histórico, depois de 4 de novembro de 1966 (194 centímetros), que inundou 80% da cidade.
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