Topo

Esse conteúdo é antigo

Com nova política de Biden em vigor, primeiros migrantes cruzam do México para os EUA

19 fev. 2021 - Migrantes fazem fila na fronteira entre Tijuana e San Diego para buscar asilo nos EUA - JORGE DUENES/REUTERS
19 fev. 2021 - Migrantes fazem fila na fronteira entre Tijuana e San Diego para buscar asilo nos EUA Imagem: JORGE DUENES/REUTERS

19/02/2021 19h36

Um primeiro grupo de 25 migrantes que estavam no México cruzou para os Estados Unidos nesta sexta-feira (19) para continuar com seu processo de pedido de asilo como parte da nova política de imigração do presidente americano, Joe Biden.

Os migrantes atravessaram em um ônibus saindo da cidade mexicana de Tijuana, na fronteira com a americana San Diego, acompanhados por funcionários do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), apurou um jornalista da AFP.

Um oficial encarregado de um abrigo para migrantes em San Diego confirmou por sua vez que essas pessoas já estavam acomodadas em um hotel.

Nesta sexta, o Programa de Proteção ao Migrante (MPP, na sigla em inglês), implementado pelo ex-presidente Donald Trump e que obrigava os requerentes de asilo a permanecer no México enquanto aguardavam uma resposta dos tribunais americanos, foi oficialmente desmantelado.

Em El Chaparral, Tijuana, inúmeros migrantes passaram a noite ao lado da cerca gradeada que marca a fronteira entre o México e os Estados Unidos.

À medida que se aproximava a hora de as portas se abrirem, havia cerca de 500 migrantes. Desses, cem eram centro-americanos e os outros, haitianos.

Mas a grande maioria reconheceu que não chegou a iniciar nenhuma formalidade com os Estados Unidos, portanto, não seriam beneficiários imediatos da política implementada por Biden.

A hondurenha Nelly Maribel Cabrera conseguiu cruzar o portão da fronteira porque carregava seus documentos para uma audiência no tribunal nesta sexta, que foi adiada para a próxima quarta-feira.

"Confio no novo presidente, que ele vai me ouvir e me ajudar porque estou aqui há dois anos", disse Cabrera à AFP depois de ser devolvida ao México.