Argentina desencoraja viagens para o Brasil e outros países com variantes da covid
O governo argentino vai desencorajar viagens ao Brasil e outros países onde circulam novas variantes do coronavírus e vai apertar o controle daqueles que vêm desses destinos, informou nesta sexta-feira (12) a ministra da Saúde, Carla Vizzotti.
As medidas vão consistir em "alertar para a situação regional e desincentivar a população de se deslocar para locais onde haja novas variantes, onde haja risco individual e para a saúde, e trabalhar muito, sobretudo no controle do regresso", declarou a ministra.
Ela alertou que "há um aumento sustentado e preocupante de casos na região", em declarações à imprensa em frente à Casa Rosada (sede do governo), após participar da Comissão de Vacinação, liderada pelo presidente Alberto Fernández.
A ministra frisou que pretende "atrasar ao máximo o aumento de casos para poder sustentar a vacinação" da população de maior risco.
"A saída (do país argentino) não será proibida, pois isso tem um impacto muito importante nas pessoas que têm que viajar com urgência, por motivos de trabalho ou familiares, mas será informado para que se possam escolher destinos onde haja nenhuma dessas variantes, onde não há casos e acima de tudo para estimular o turismo interno", analisou Vizzotti.
No retorno, o viajante "terá que apresentar o teste negativo (PCR) e fazer 7 dias de isolamento", com o objetivo de "minimizar a possibilidade de entrada dessas variantes e de transmissão no país", completou a ministra.
Segundo a Direção Nacional de Migração, cerca de 7.500 argentinos viajaram ao Brasil e ainda não voltaram.
O governo distribuiu um total de 3.419.965 doses de vacinas contra a covid-19 até esta sexta-feira, das quais 2.215.173 foram aplicadas entre trabalhadores da saúde, maiores de 70 anos e professores, segundo dados do Monitor Público de Vacinação.
A ministra confirmou que a chegada de mais 3 milhões de doses da vacina Sinopharm, fabricada na China, está prevista para a próxima semana.
Em decreto publicado nesta quinta-feira, o governo prorrogou a emergência sanitária até 31 de dezembro e cogita prolongar a fase de distanciamento social preventivo obrigatório, que expira nesta sexta-feira.
A Argentina mantém as fronteiras terrestres fechadas e os estrangeiros não residentes só podem entrar pelo aeroporto internacional de Ezeiza, nos arredores de Buenos Aires.
Na Argentina, há 2,8 milhões de infecções por coronavírus desde o início da pandemia, enquanto há 53.578 mortes, em uma população de 44 milhões de habitantes.
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