Mianmar: ONU denuncia desaparecimento de centenas de pessoas
![19.fev.2021 - Manifestante segura cartaz com foto de Mya Thwate Thwate Khaing que morreu após ser atingida por um tiro em ato contra golpe de Estado em Mianmar - Sai Aung Main/AFP](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/95/2021/02/19/19fev2021---manifestante-segura-cartaz-com-foto-de-mya-thwate-thwate-khaing-que-morreu-apos-ser-atingida-por-um-tiro-em-ato-contra-golpe-de-estado-em-mianmar-1613727972554_v2_900x506.jpg)
Genebra, 16 Mar 2021 (AFP) - Centenas de pessoas desapareceram em Mianmar desde o golpe de Estado de 1º de fevereiro, e pelo menos 149 foram assassinadas - informou a ONU nesta terça-feira (16).
De acordo com a porta-voz do Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, "centenas de pessoas que foram detidas ilegalmente continuam desaparecidas, sem que as autoridades militares reconheçam, o que equivale a desaparecimentos forçados".
"É cada vez mais difícil confirmar as informações, sobretudo, com a imposição da lei marcial em vários municípios de Yangon e Mandalay e arredores", já que "as comunicações foram bloqueadas pelo Estado em algumas áreas onde pessoas foram assassinadas, ou deslocadas", acrescentou a porta-voz.
"Conseguimos confirmar, porém, que pelo menos 149 pessoas foram privadas de suas vidas de forma arbitrária desde 1º de fevereiro", com 11 pessoas mortas na segunda-feira, 39 no domingo e 18 no sábado, afirmou, em uma entrevista coletiva da ONU em Genebra.
O balanço de mortos aumentou consideravelmente nos últimos três dias, e a junta parece decidida a reprimir os protestos, apesar das condenações internacionais.
"Estamos profundamente preocupados com o fato de que a repressão continue se intensificando e voltamos a pedir aos militares que parem de matar e de prender os manifestantes", disse a porta-voz.
"Pelo menos cinco pessoas morreram sob custódia nas últimas semanas, e os corpos de pelo menos duas vítimas mostravam sinais de graves abusos físicos, indicando que foram torturadas", frisou.
Prisões e encarceramentos continuam em todo país, com mais de 2.084 pessoas "detidas arbitrariamente" no presente momento, segundo o Alto Comissariado.
De acordo com a mesma fonte, ao menos 37 jornalistas foram presos, 19 dos quais seguem detidos arbitrariamente.
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