Igreja anglicana revisa símbolos colonialistas em lugares de culto
Londres, 11 Mai 2021 (AFP) - A Igreja da Inglaterra lançou, nesta terça-feira (11), uma revisão dos monumentos em milhares de lugares de culto para examinar se têm laços com a escravidão e o racismo, indicando que alguns poderiam ser removidos.
Em um momento de profunda reflexão no Reino Unido sobre o passado colonial e seus símbolos, estimulado pelo movimento Black Lives Matter, a Igreja Anglicana publicou diretrizes para seus templos e catedrais revisarem estátuas e outros objetos controversos.
Publicadas após ampla consulta, as diretrizes não são obrigatórias, mas apresentam opções que vão desde o status quo até a realocação de objetos, contextualizando-os ou mesmo retirando-os.
"Este guia permite às igrejas e catedrais examinar a história de seus edifícios e congregações e se comprometerem com todos os membros de suas comunidades para entender como os objetos antigos podem afetar sua missão e culto", explicou a instituição em um comunicado.
"Aborda, especificamente, a questão do patrimônio associado ao racismo e à escravidão, incluindo placas, estátuas, inscrições e outros monumentos", acrescentou.
Fundada em 1534 pelo rei Henrique VIII após se separar do catolicismo romano, a Igreja da Inglaterra pediu perdão, em junho de 2020, por seus laços com a escravidão, uma "fonte de vergonha" para a instituição.
No mês seguinte, o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual dos anglicanos, pediu a seus seguidores que reconhecessem todos os aspectos do passado da Igreja, incluindo a escravidão.
Em Bristol, onde uma estátua do traficante de escravos Edward Colston foi desmontada em junho passado, elementos de um vitral dedicado a este personagem foram removidos.
Não se trata de "apagar a história, mas de restaurar e reparar nosso relacionamento com aqueles, cujas histórias ainda não estão representadas em nossos edifícios", esclareceu a decana Mandy Ford.
mpa-acc/mas/tt
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