Príncipe saudita é investigado por acusações de escravidão moderna
Um membro da família real saudita é objeto de uma investigação sobre tráfico de pessoas, aberta em 2019 pela promotoria em Nanterre, perto de Paris, uma fonte próxima ao caso disse à AFP nesta segunda-feira (5).
Sete das empregadas desse príncipe saudita, nascidas entre 1970 e 1983, e a maioria de origem filipina, apresentaram uma denúncia em outubro de 2019 por escravidão moderna, confirmou a procuradoria, que especificou que uma denúncia anterior havia sido acrescentada ao caso.
Os acontecimentos datam de vários anos, por volta de 2008, 2013 e 2015, em um apartamento em Neuilly-sur-Seine, nos arredores de Paris.
As denunciantes apareceram "há poucas semanas", indicou uma fonte próxima à investigação, segundo a qual o príncipe ainda não tinha sido ouvido, por não se encontrar em território francês.
Empregadas domésticas, contratadas na Arábia Saudita, acompanharam o príncipe e sua família pelos dois países. Elas aparentemente escaparam durante uma viagem à França, acrescentou a fonte.
De acordo com o jornal Le Parisien, estas mulheres, encarregadas principalmente de cuidar dos quatro filhos do casal, estavam "à disposição do patrão dia e noite durante toda a semana", e algumas delas dormiam "no chão".
A investigação está a cargo da delegacia de Neuilly-sur-Seine e do departamento de combate ao crime organizado relacionado com a imigração irregular.
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