Vulcão Etna cresceu e agora mede 3.357 metros
A importante atividade do Etna, cuja silhueta majestosa domina o leste da Sicília e principalmente a cidade da Catânia, fez com que o vulcão ganhasse alguns metros, passando a atingir 3.357 metros, anunciou nesta terça-feira (10) o Instituto Italiano de Vulcanologia.
"A atividade registrada em 2021 produziu o acúmulo de quantidades significativas de materiais piroclásticos e camadas de lava no cone da cratera sudeste, a mais nova e mais ativa das quatro crateras no cume do Etna, causando uma transformação considerável da silhueta do vulcão", explicou o INGV (Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia) em um comunicado.
Graças à análise de imagens de satélite, os cientistas do INGV puderam concluir que a cratera sudeste já ultrapassava sua "irmã mais velha" no nordeste, que foi por quarenta anos o cume do famoso vulcão.
A altura de 3.357 metros, que tem uma margem de erro de mais ou menos três metros, foi obtida a partir das imagens do satélite Plêiades tiradas em julho no âmbito da associação internacional Geohazard Supersites and Natural Laboratories, que facilitou a atualização do modelo digital do Etna.
Para além do aspecto científico, o cotidiano dos habitantes da zona do Etna é afetado pela atividade frenética dos últimos meses.
"Desde fevereiro, registramos 55 eventos", diz Tânia Cannizzaro, aposentada que mora na Catânia.
"Dependendo do vento, os rugidos do vulcão chegam a Catânia e fazem tremer as janelas. As cinzas carregadas pelo vento caem nas ruas e varandas o tempo todo e tudo fica preto", afirma.
Desde 1980, o cume do vulcão ficava na cratera nordeste, que atingiu uma altura máxima de 3.350 metros após as atividades eruptivas de setembro de 1980 e fevereiro de 1981. O Etna perdeu alguns metros devido a deslizamentos de terra nas bordas da cratera, caindo para 3.326 metros em 2018.
O Etna é o vulcão ativo mais alto da Europa, com erupções frequentes há cerca de 500.000 anos.
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