EUA indiciam cinco pessoas por lavar dinheiro de programa de alimentos da Venezuela
Miami, 22 Out 2021 (AFP) - Três colombianos e dois venezuelanos foram indiciados nos Estados Unidos por suspeita de participação em uma rede que lavava dinheiro de um programa de fornecimento de alimentos e medicamentos à Venezuela, informou o Departamento de Justiça nesta quinta-feira.
Um dos acusados, o colombiano Álvaro Pulido Vargas, 57, já estava na mira da Justiça americana por outros supostos casos de lavagem de dinheiro, realizada com a ajuda do parceiro Alex Saab, empresário próximo do presidente venezuelano e extraditado para Miami a fim de ser julgado por oito acusações de lavagem de dinheiro, uma decisão que irritou Caracas.
Também estão entre os réus José Gregorio Vielma-Mora, governador do estado venezuelano de Táchira entre 2013 e 2017, e o filho de Álvaro Pulido, Emmanuel Enrique Rubio González, 32.
Os outros acusados são o colombiano Carlos Rolando Lizcano Manrique, 50, e a venezuelana Ana Guillermo Luis, 49, segundo a acusação, proferida por um grande júri federal do Distrito Sul da Flórida.
Essas cinco pessoas teriam pago propina a funcionários do governo venezuelano para importar e distribuir alimentos e medicamentos no país sul-americano, por meio dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção (CLAP), programa de propriedade e controle estatal. Segundo a acusação, eles inflaram os preços dos produtos que forneciam, com fins lucrativos.
Entre meados de 2015 e pelo menos 2020, os acusados conspiraram com outros indivíduos para lavar seus ganhos em contas bancárias de outros países, incluindo os Estados Unidos. Os cinco e seus colaboradores receberam cerca de US$ 1,6 bilhão de autoridades venezuelanas e transferiram cerca de US$ 180 milhões por meio ou para os Estados Unidos, aponta a acusação.
Pulido, Vielma-Mora, Rubio, Lizcano e Ana enfrentam quatro acusações de lavagem de dinheiro e uma de conspiração para lavar dinheiro. Se condenados, podem pegar penas de até 100 anos de prisão.
gma/gm/lb
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