MP da França investiga denúncia de estupro no palácio presidencial do país
O Ministério Público francês abriu uma investigação sobre um suposto estupro de uma militar por um colega soldado no palácio presidencial, informou à AFP uma fonte judicial.
O suposto ataque ocorreu em julho, após uma recepção de despedida de um general com a presença do presidente Emmanuel Macron, segundo o jornal francês Libération, o primeiro a noticiar as acusações.
As investigações "seguem seu curso", segundo a fonte. O suposto agressor prestou depoimento a um juiz em julho e não foi formalmente acusado até agora.
A jovem militar, que compareceu a esta recepção de despedida, denunciou que foi forçada por um soldado a manter relações sexuais.
Segundo o Libération, as duas pessoas trabalham juntas e se conhecem. A mulher apresentou queixa horas depois em uma delegacia de polícia de Paris.
A assessoria do Palácio do Eliseu declarou à AFP que "nunca se pronunciou sobre questões judiciais em andamento".
Ainda assim, a assessoria destacou que, "a partir do momento em que os acontecimentos se tornaram conhecidos, foram tomadas medidas de apoio à vítima, que foi designada para outro local, longe da pessoa denunciada como agressora".
De acordo com o jornal Libération, uma "investigação administrativa" foi aberta contra o soldado suspeito. Até o momento, porém, o Ministério das Forças Armadas não quis dar mais detalhes sobre o assunto.
Essas revelações surgem meses antes da eleição presidencial francesa, marcada para abril de 2022.