TPI explica decisão de não incluir EUA na investigação sobre Afeganistão
O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI) defendeu nesta segunda-feira (6) sua decisão de não incluir os Estados Unidos em uma investigação sobre o Afeganistão, ao afirmar que os "piores crimes" foram cometidos pelos talibãs e pelo grupo Estado Islâmico.
"Tomei a decisão me baseando em provas de que os piores crimes em termos de gravidade, escala e alcance parecem ter sido cometidos pelo Estado Islâmico de Khorasan (EI-K) e pelos talibãs", declarou Karim Khan em reunião dos países da TPI.
"Disse que os priorizaria e pedi aos juízes autorizações para iniciar essas investigações", acrescentou o procurador britânico.
Várias organizações de direitos humanos criticaram a decisão de Khan em setembro de deixar a investigação das forças americanas de lado e, em vez disso, se concentrar nos talibãs e seus rivais do EI-K.
A abertura de uma investigação do TPI no Afeganistão, que inclui supostos crimes cometidos por soldados americanos, levou o governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a impor sanções à antecessora de Khan, Fatou Bensouda.
Bensouda pediu aos juízes internacionais em 2017 que autorizassem uma investigação completa, alegando que havia suspeitas "razoáveis" de crimes de guerra cometidos pelos talibãs, pelas forças americanas no Afeganistão e pela CIA em centros de detenção secretos em outros países.
A investigação foi interrompida em 2020, quando o governo disse que ele mesmo investigaria os supostos crimes de guerra. Após a chegada dos talibãs ao poder, Khan pediu que a investigação fosse reativada, argumentando que significava que esses crimes não seriam adequadamente investigados.
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