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Presidente ucraniano acusa Rússia de atacar áreas civis

25/02/2022 04h20

Kiev, 25 Fev 2022 (AFP) - O exército russo está atacando áreas civis, denunciou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, ao mesmo tempo que elogiou o "heroísmo" de seus compatriotas diante da invasão e afirmou que as tropas estão fazendo "todo o possível" para defender o país.

"Eles dizem que os civis não são um alvo. Mas esta é outra mentira deles. Na realidade, eles não fazem distinção entre as áreas em que operam", disse Zelensky em um vídeo.

"Esta noite começaram a bombardear bairros civis. Isto nos recorda (a ofensiva nazista de) 1941", completou na mensagem, divulgada nas redes sociais.

Duas fortes explosões foram ouvidas na madrugada desta sexta-feira (25) no centro de Kiev. O exército da Ucrânia relatou "disparos de mísseis" contra a capital e a destruição de dois deles pelos sistemas de defesa.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que três pessoas ficaram feridas, uma delas em estado crítico, em um bairro residencial ao sudeste da capital.

"Os ucranianos estão demonstrando heroísmo", afirmou Zelensky. Ao iniciar a invasão na quinta-feira, os russos "pensavam que nossas forças estavam cansadas, mas não estamos cansados".

"Nossas forças estão fazendo todo o possível" para defender a Ucrânia, destacou.

Zelensky também afirmou que a Rússia terá que falar com a Ucrânia em algum momento para encerrar os combates.

"A Rússia terá que falar conosco, mais cedo ou mais tarde. Conversar sobre como acabar com os combates e parar esta invasão. Quanto mais cedo a conversa começar, menores serão as perdas, inclusive para a Rússia", declarou o chefe de Estado ucraniano.

Em uma mensagem aos russos que protestaram contra a guerra na quinta-feira, incluindo centenas que foram detidos, ele declarou: "Aos cidadãos da Federação da Rússia que estão saindo para protestar, nós os observamos vocês. E isto significa que vocês nos ouviram. Isto significa que vocês acreditam em nós. Lutem por nós. Lutem contra a guerra".

A invasão russa começou na madrugada de quinta-feira, depois do reconhecimento na segunda-feira da independência dos territórios separatistas rebeldes da região leste da Ucrânia por parte de Vladimir Putin.

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