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EUA e 60 países se unem para promover internet livre

26/3/2022 - O presidente dos EUA, Joe Biden, em discurso concedido no Castelo Real de Varsóvia, na Polônia, ao tratar da guerra entre Rússia e Ucrânia - Brendan Smialowski/AFP
26/3/2022 - O presidente dos EUA, Joe Biden, em discurso concedido no Castelo Real de Varsóvia, na Polônia, ao tratar da guerra entre Rússia e Ucrânia Imagem: Brendan Smialowski/AFP

28/04/2022 17h22Atualizada em 28/04/2022 17h22

Sessenta países liderados pelos Estados Unidos lançaram nesta quinta-feira uma iniciativa para promover uma internet segura e livre, diante do que consideram um aumento do autoritarismo digital por parte de governos como o russo e o chinês.

A chamada Declaração para o Futuro da Internet (DFI) busca recuperar "a imensa promessa" da internet, rechaçando o "aumento do autoritarismo digital" para assegurar o fortalecimento da democracia, proteger a privacidade e promover uma economia mundial livre, disse a Casa Branca.

Este objetivo se vê ameaçado cada vez mais por governos que reprimem a liberdade de expressão e o acesso às notícias, difundem informações falsas ou suprimem a internet, afirma a declaração.

Nos últimos meses, desde a invasão russa da Ucrânia, Moscou "tem promovido agressivamente a desinformação no país e no exterior, censurado as fontes de notícias da internet, bloqueado ou fechado sites legítimos e, inclusive, chegou a atacar a infraestrutura de internet da Ucrânia", disse a jornalistas um alto funcionário do governo de Joe Biden. "A Rússia, no entanto, não está sozinha", acrescentou a fonte, que também citou a China.

Entre os 60 países que apoiam a iniciativa, há nações desenvolvidas, como Alemanha, Austrália, Canadá, França, Japão e Reino Unido, e em desenvolvimento, como Argentina, Chipre, Eslovênia, Quênia e Montenegro, além da Ucrânia. Na América Latina, o texto foi assinado por Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru, República Dominicana e Uruguai.

Apesar de não ser legalmente vinculante, a declaração estabelece "princípios fundamentais" e "pede comprometimento dos governos para promover uma internet aberta, gratuita, global, interoperável, confiável e segura para o mundo", destacou outro funcionário do alto escalão do governo Biden. O esforço visa a combater a fragmentação da internet, mas "respeitará a autonomia regulatória" de cada país, disse.

A declaração também reafirma o compromisso com uma só internet global e menciona a necessidade de garantir um acesso justo para os grupos desatendidos.