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Outro fugitivo procurado por genocídio em Ruanda morreu em 2002 na RD do Congo

18/05/2022 14h21

Haia, 18 Mai 2022 (AFP) - Phénéas Munyarugarama, um dos últimos cinco foragidos procurados por seu papel no genocídio dos tutsis em Ruanda em 1994, morreu em 2002 no leste da República Democrática do Congo, anunciaram nesta quarta-feira (18) os procuradores da ONU que investigam o caso.

Há menos de uma semana fora anunciado que o foragido mais procurado pela Justiça internacional por seu papel no genocídio de 1994 em Ruanda, Protais Mpiranya, tinha falecido em 2006 no Zimbábue.

O genocídio de 100 dias causou a morte de 800.000 tutsis e hutus moderados.

"Após uma investigação difícil e intensa, o escritório do Procurador pôde determinar que Munyarugarama morreu de causas naturais, por volta de 28 de fevereiro de 2002, em Kankwala", assinalou o Mecanismo para os Tribunais Internacionais (MTPI) em comunicado.

Munyarugarama, tenente-coronel das Forças Armadas de Ruanda (FAR), foi condenado em 2002 pelo Tribunal Penal Internacional para Ruanda (TPIR) de oito crimes, entre eles o de genocídio, incitação direta e pública para cometer genocídio e crimes contra a humanidade, detalhou o tribunal.

Em junho de 1994, Munyarugarama fugiu com sua família para o antigo Zaire, atual República Democrática do Congo, onde entrou para as forças militares das antigas FAR, que se reuniam para continuar a luta contra o governo ruandês, inclusive depois do genocídio.

Com a morte de Munyarugarama, restam apenas "quatro fugitivos sob a jurisdição do Mecanismo", afirmou o tribunal.

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