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Número de mortos no Irã desde início de protestos chega a 76, diz ONG

26.set.22 - Mulheres carregam faixas durante protesto pela morte da curda Mahsa Amini, de 22 anos, no Irã, na cidade controlada pelos curdos de Qamishli, nordeste da Síria - STRINGER/REUTERS
26.set.22 - Mulheres carregam faixas durante protesto pela morte da curda Mahsa Amini, de 22 anos, no Irã, na cidade controlada pelos curdos de Qamishli, nordeste da Síria Imagem: STRINGER/REUTERS

26/09/2022 15h15

Pelo menos 76 pessoas morreram na repressão das autoridades às manifestações que se estendem por mais de uma semana no Irã, em protesto pela morte da jovem Mahsa Amini - informou a ONG Iran Human Rights (IHR), com sede na Noruega.

"Segundo as informações coletadas pela Iran Human Rights, pelo menos 76 pessoas morreram nas manifestações" em 14 províncias do país, disse a ONG em um comunicado, especificando que "seis mulheres e quatro crianças" estão entre os mortos.

A IHR disse ter conseguido "vídeos e certidões de óbito que confirmam disparos com balas reais contra os manifestantes".

"Pedimos à comunidade internacional que tome medidas práticas de forma unida e decidida para pôr fim às mortes e tortura dos manifestantes", convocou o diretor da organização, Mahmood Amiry Moghaddam.

Segundo a ONG, a província de Mazandaran, no norte do país, concentra o maior número de manifestantes mortos, 25. Em Teerã, três pessoas morreram.

Esta organização com sede em Oslo informou ainda que a maioria das famílias se viu "obrigada" a enterrar discretamente seus entes queridos, à noite, "e foram pressionadas a não realizar funerais públicos".

"Muitas famílias foram ameaçadas com consequências legais, se divulgassem as mortes" de seus parentes, relatou o relatório da ONG.

O balanço oficial das autoridades iranianas é de 41 mortos, incluindo vários membros das forças de segurança.