Neymar promete dedicar a Bolsonaro primeiro gol na Copa do Mundo

O craque da seleção brasileira Neymar reiterou neste sábado seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro e prometeu dedicar a ele seu primeiro gol na Copa do Catar, oito dias antes do segundo turno das eleições contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

"A Copa está pertinho. Seria tudo maravilhoso, Bolsonaro reeleito, Brasil campeão e todo mundo feliz", disse Neymar ao acompanhar uma transmissão online de Paris com o presidente, que fazia campanha em São Paulo.

"Acredito no presidente, que é um cara certo para conduzir nosso Brasil, a gente está vendo a melhoria em tudo que está fazendo A gente espera que nosso presidente seja reeleito. Votem 22", acrescentou o jogador do Paris Saint-Germain.

Neymar ainda prometeu fazer o "22" com os dedos para comemorar seu primeiro gol na Copa do Mundo no Catar, onde a seleção vai estrear no dia 24 de novembro contra a Sérvia. 

O camisa 10 declarou seu apoio a Bolsonaro antes do primeiro turno de 2 de outubro, que acabou sendo vencido por Lula, em um caso especial entre a maioria dos futebolistas, que optaram pelo silêncio. 

Na conversa, transmitida nas redes do presidente e com a participação de uma moderadora, Neymar e Bolsonaro riram e contaram piadas por pouco mais de meia hora, em tom descontraído.

Mas 'Ney' ficou mais sério ao explicar que foi motivado a assumir uma posição pública na disputa eleitoral porque os "valores que o presidente representa são bem parecidos" aos dele e de sua família. 

Ele também indicou que foi um gesto de gratidão ao presidente por tê-lo apoiado publicamente "no momento mais difícil" de sua vida. 

Apesar de não detalhar qual foi a experiência, em 2019, pouco antes da Copa América realizada no Brasil, o craque foi acusado de estupro e Bolsonaro confiou em sua inocência. O caso acabou sendo arquivado.

"Eu senti no meu coração que deveria retribuir o mesmo carinho. Então estou fazendo o mesmo: acredito no presidente", disse o atacante. 

Lula, que lidera as pesquisas para a eleição de 30 de outubro, provocou Neymar por seu apoio a Bolsonaro, afirmando, em tom bem-humorado, que poderia estar relacionado ao suposto "perdão" de uma dívida de um milhão de dólares com a Receita Federal. 

"Ele está com medo de se eu ganhar as eleições, descobrir que o Bolsonaro perdoou a dívida de Imposto de Renda. Eu acho que é por isso que ele está com medo de mim", disse Lula, ao ser questionado em entrevista ao canal Flow Podcast na terça-feira. 

Em uma nota postada online, a família do atacante considerou as informações "falsas": "Os responsáveis deverão provar o contrário no palco adequado." 

A 'live', da qual Bolsonaro participou por quase uma hora, deve durar até 22 horas, segundo seus organizadores, com a participação de ministros, governadores e outras personalidades que apoiam o presidente.

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