Junta de Mianmar prorroga estado de exceção e adia eleições
A junta militar que governa Mianmar prorrogou o estado de exceção por seis meses nesta segunda-feira (31), anunciou a imprensa oficial, o que em teoria implica um adiamento das eleições que deveriam acontecer em agosto.
A decisão foi aprovada pelo Conselho Nacional de Segurança e Defesa, formado por militares, informou a emissora estatal MRTV.
Desde o golpe de 1º de fevereiro de 2021, que derrubou a líder civil eleita Aung San Suu Kyi, Mianmar está envolvida em um conflito civil que já deixou mais de 3.000 mortos e provocou o deslocamento de centenas de milhares de pessoas.
O estado de exceção, que deveria expirar no final de julho, "será prorrogado por mais seis meses a partir de 1º de agosto de 2023", disse o presidente interino, Myint Swe.
A junta tinha prometido eleições para agosto deste ano, mas em fevereiro já havia prorrogado o estado de exceção, depois que o Conselho Nacional de Defesa e Segurança declarou que a situação no país "ainda não tinha voltado à normalidade".
De acordo com a Constituição de Mianmar, prorrogar o estado de exceção significa adiar a data em que as eleições podem ser realizadas.
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