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Dois jornalistas russos são condenados a 11 anos de prisão por 'fake news sobre o exército'

Os jornalistas Michael Nacke e Ruslan Leviev foram condenados por "espalharem fake news" sobre o exército da Rússia Imagem: Reprodução

29/08/2023 09h22Atualizada em 29/08/2023 09h43

Dois jornalistas russos foram condenados, nesta terça-feira (29), em Moscou a 11 anos de prisão à revelia por espalhar "informações falsas" sobre o exército, anunciou a Promotoria, um novo exemplo da repressão em curso na Rússia.

Um tribunal de Moscou "condenou a 11 anos de prisão" Ruslan Leviev e Michael Nacke por terem publicado um vídeo no YouTube em março de 2022, pouco depois do início da ofensiva na Ucrânia, que continha "informações falsas" sobre o exército e as autoridades russas, segundo um comunicado da Promotoria publicado no Telegram.

Os dois homens vivem no exterior e são alvo de uma ordem de prisão desde maio de 2022.

Muitos críticos da ofensiva russa na Ucrânia e do presidente Vladimir Putin fugiram para o exterior para escapar da repressão na Rússia.

Ruslan Leviev é fundador do grupo Conflict Intelligence Team (CIT), conhecido por suas investigações sobre as atividades do exército russo no mundo todo.

Michael Nacke, jornalista e comentarista, tem um canal no YouTube com milhões de inscritos.

Após a ofensiva contra a Ucrânia, a Rússia introduziu uma série de medidas penais para punir seus críticos.

Por exemplo, está proibido usar os termos "guerra" ou "invasão" para fazer referência à operação russa de 24 de fevereiro de 2022, ou acusar o exército de crimes de guerra.

Muitos russos, conhecidos e anônimos, foram presos por esses motivos.

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