Menino palestino-americano é assassinado a facadas nos EUA em ataque relacionado à guerra em Israel
Um cidadão americano, identificado pela polícia como Joseph Czuba, de 71 anos, foi acusado no domingo (15) de assassinato e crime de ódio depois de esfaquear dezenas de vezes uma mulher muçulmana e um menino de 6 anos, em um ataque que a polícia relacionou à guerra entre Israel e o Hamas.
O menino, que foi esfaqueado 26 vezes, morreu no hospital, mas a mulher de 32 anos, que acredita-se ser sua mãe, deve sobreviver ao ataque "perverso" de sábado, de acordo com um comunicado do gabinete do xerife do condado de Will, em Illinois.
"Os detetives conseguiram determinar que ambas as vítimas deste ataque brutal eram alvos do suspeito, já que eram muçulmanas, e por causa do conflito em curso no Oriente Médio, envolvendo o Hamas e os israelenses", afirma o comunicado, que localizou o assassinato 64 quilômetros a oeste de Chicago.
O gabinete do xerife não forneceu mais detalhes nem esclareceu as nacionalidades das vítimas, mas o escritório de Chicago do Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR) descreveu o menor como palestino-americano.
As autoridades informaram que a mulher conseguiu ligar para o 911 enquanto confrontava o proprietário, identificado pelo gabinete do xerife como Joseph Czuba, de 71 anos.
As vítimas estavam "dentro da residência, em um quarto. Ambas apresentavam múltiplas facadas no peito, tronco e extremidades superiores", disse o comunicado.
Uma faca de serra de estilo militar com lâmina maior que 17 centímetros foi retirada do abdômen da criança durante a autópsia, afirma o documento.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou momentos depois que o ataque foi um "ato de ódio horrível".
Quando a polícia chegou, encontrou Czuba sentado no chão, perto da entrada de sua residência, com um ferimento na testa. Ele foi levado ao hospital para ser atendido antes de ser acusado de homicídio, tentativa de homicídio e duas acusações de crimes de ódio.
"Ele bateu na porta e tentou sufocá-la, e disse 'vocês, muçulmanos, devem morrer'", disse o chefe do CAIR Chicago, Ahmed Rehab, aos repórteres, citando uma das mensagens de texto enviadas pela mulher, enquanto estava no hospital, ao pai do menino assassinado.