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UE condena Hamas por uso de civis e hospitais como 'escudos humanos' em Gaza

10.nov.2023 - Pacientes ficam aglomerados em corredor do Hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza Imagem: Ismail Zanoun/AFP

Da AFP

12/11/2023 17h04Atualizada em 12/11/2023 19h17

A União Europeia (UE) condenou, neste domingo (12), o movimento islamista palestino Hamas por usar "hospitais e civis como escudos humanos" na Faixa de Gaza e urgiu Israel a usar "máxima contenção" para proteger os civis na guerra em curso.

"A UE condena o uso de hospitais e civis como escudos humanos pelo Hamas" e está "profundamente preocupada com o agravamento da crise humanitária em Gaza", declarou o alto representante de política externa da UE, Josep Borrell, em comunicado.

Suas declarações chegam no momento em que o maior hospital de Gaza, Al Shifa, é alvo de bombardeios. O Hamas afirmou hoje que um dos ataques destruiu o departamento de cardiologia do centro hospitalar.

Outro hospital, o de Al Quds, ficou fora de serviço devido à falta de combustível, advertiu o Crescente Vermelho palestino.

O Exército israelense nega que os hospitais são seus alvos e acusa o Hamas de utilizá-los como centros de comando ou esconderijos, algo que o grupo islamista nega.

"Essas hostilidades estão afetando gravemente os hospitais e cobram um preço terrível entre a população civil e o pessoal médico", afirma o comunicado da UE.

"A UE ressaltou que o direito humanitário internacional estipula que os hospitais devem ser protegidos, bem como o material médico e os civis que se encontram em seu interior", continua o comunicado.

"Os hospitais também devem ser abastecidos imediatamente com os mantimentos médicos mais urgentes e os pacientes que requerem atendimento médico urgente devem ser removidos de forma segura. Neste contexto, instamos Israel a exercer máxima contenção para garantir a proteção dos civis", insistiu Borrell no documento.

A declaração reiterou a postura de Bruxelas de que Israel tem "direito a se defender de acordo com o direito internacional e o direito internacional humanitário" e pediu uma "pausa imediata das hostilidades e o estabelecimento de corredores humanitários".

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