Ucrânia reivindica sabotagem de linha ferroviária na região russa da Sibéria

A Ucrânia reivindicou, nesta sexta-feira (1º), a responsabilidade pelos ataques contra uma linha ferroviária russa na Sibéria, a milhares de quilômetros do front, no mais recente incidente de sabotagem reportado em território russo.

As autoridades russas enfrentaram múltiplos ataques contra suas infraestruturas de transporte desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. No entanto, é a primeira vez que ocorrem tão longe do front.

O primeiro ataque aconteceu na quarta-feira (29) à noite, no túnel Besolov de Severomouisk, o mais longo da Rússia, afirmou uma fonte do serviço de segurança ucraniano (SBU) à AFP.

O segundo ataque visou uma rota alternativa da ferrovia, para a qual o tráfego ferroviário foi desviado após o primeiro ataque, garantiu a fonte.

"Os russos caíram duas vezes na armadilha do SBU: outro trem de combustível explodiu na ferrovia Baikal-Amur", quando "passava sobre uma ponte a 35 metros de altura", acrescentou.

O SBU não comentou sobre as afirmações e não houve reação imediata da parte russa em relação ao último incidente.

O canal de Telegram Baza, próximo aos serviços de segurança russos e seguido por mais de um milhão de usuários, informou nesta sexta que uma "sabotagem" causou explosões em dois trens "na mesma área" da Buriácia.

Nesta sexta, a Rússia anunciou que deteve um cidadão com dupla nacionalidade, russa e italiana, suspeito de realizar ataques de sabotagem contra uma ferrovia e uma base aérea, sob as ordens da Ucrânia.

Os investigadores abriram uma investigação sobre o incidente de quarta-feira, segundo fontes citadas pelo jornal econômico Kommersant.

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"Os serviços especiais russos devem se acostumar ao fato de que nosso povo está em todos os lugares. Mesmo na distante Buriácia", afirmou a fonte ucraniana à AFP.

A linha Baikal-Amur tem mais de 4.000 quilômetros de extensão e corre ao longo das fronteiras da China e da Mongólia.

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© Agence France-Presse

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