Cientista russo condenado a 14 anos de prisão por espionagem

Anatoli Maslov, um cientista russo de 77 anos, foi condenado nesta terça-feira (21) a 14 anos de prisão por ter transmitido dados secretos a uma potência estrangeira, informaram fontes oficiais. 

"O tribunal determinou uma pena de 14 anos de privação de liberdade em uma colônia penal com um regime severo", afirmou o Poder Judiciário de São Petersburgo em comunicado, sem dar mais detalhes sobre o assunto. 

Segundo a agência de notícias estatal Tass, o cientista é acusado de ter transmitido informações sobre o programa de armas hipersônicas da Rússia, supostamente "invencíveis", segundo Vladimir Putin. 

Por sua vez, o jornal pró-Kremlin Kommersant afirma que os dados foram entregues aos serviços de inteligência alemães. 

De acordo com a advogada Olga Dinzé, citada pela Tass, o cientista rejeita estas acusações e diz que é inocente. 

"Ele afirma não ter feito nada de ruim ou ilegal. Dedicou toda a sua vida à família e à ciência nacional. 

A defesa considera que não há crime nas ações de Maslov", destacou. Vários outros cientistas foram presos na Rússia, enquanto uma repressão de todos os tipos se instalou no país desde o início da guerra na Ucrânia. 

Maslov, que trabalhava em Novosibirsk, na Sibéria, foi detido no verão de 2022 juntamente com outros dois cientistas da mesma cidade, Dmitri Kokler, que já morreu na prisão, e Alexander Chipliuk, que ainda não foi julgado. 

Na primavera de 2023, um quarto cientista de Novosibirsk, Valeri Zveguintsev, foi preso.

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Maslov, Zveguintsev e Chipliuk trabalharam no Instituto de Mecânica Teórica e Aplicada desta cidade siberiana, famosa pelos seus centros de investigação. 

Já Kokler trabalhou no Instituto de Física do Laser.

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© Agence France-Presse

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