Registro de temperatura recorde na Índia pode ter ocorrido por um 'erro' de sensor
O Departamento Meteorológico da Índia (DMI) indicou que o registro nesta quarta-feira (29) de uma temperatura recorde em Nova Délhi pode ter sido causado por uma falha no equipamento de medição.
"A estação meteorológica de Mungeshpur reportou 52,9 graus Celsius, um valor distante do das outras estações", afirmou o DMI em comunicado, referindo-se a esta estação localizada em um subúrbio de Nova Délhi.
A diferença "pode ocorrido devido a um erro no sensor ou um fator local. "O DMI está examinando os dados e os sensores", acrescentou.
A entidade explicou que administra cinco locais maiores de vigilância meteorológica e 15 estações meteorológicas automáticas, entre elas a de Mungeshpur, e faz registros de temperaturas e precipitações em toda a capital, que tem mais de 30 milhões de habitantes.
Além da de Mungeshpur, estes locais registraram, nesta quarta-feira, temperatura máxima em Nova Délhi que "variava entre 45,2°C e 49,1°C", segundo o Departamento meteorológico.
Na terça-feira, duas estações da cidade, a de Mungeshpur e a de Narela, registraram temperaturas de 49,9 graus Celsius.
Ignora-se se esta medição também será revista.
Em 2022, a temperatura em Nova Délhi alcançou um pico de 49,2°C.
Em 2016, os termômetros registraram 51°C em Phalodi, às margens do deserto de Thar, no Rajastão, a temperatura confirmada mais alta registrada na Índia.
"A temperatura nas áreas urbanas varia de um local para outro", informou, nesta quarta, o escritório dos serviços meteorológicos.
A instituição acrescentou que estas variações poderiam se dever a fatores como a proximidade de lagoas, parques ou a uma grande densidade habitacional.
As temperaturas elevadas são comuns na Índia durante o verão, mas segundo pesquisadores, as mudanças climáticas estão provocando ondas de calor mais longas, frequentes e intensas.
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© Agence France-Presse
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