Conselho de Segurança decide retirar missão da ONU no Iraque até final de 2025

A pedido de Bagdá, o Conselho de Segurança da ONU decidiu nesta sexta-feira (31) que a missão política da organização no Iraque deixará o país no final de 2025, após mais de 20 anos. 

A resolução aprovada por unanimidade decidiu prorrogar o mandato da missão criada em 2003 por um "período final de 19 meses, até 31 de dezembro de 2025". 

No início de maio, em uma carta ao Conselho, o primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al Sudani, pediu o fim da Missão de Assistência da ONU em seu país (UNAMI, na sigla em inglês) antes de 31 de dezembro de 2025, destacando "os êxitos" alcançados por sucessivos governos.

Sob estas circunstâncias, "depois de 20 anos de transição democrática e da superação de diversos desafios, os motivos para a presença de uma missão política no Iraque já não existem", afirmou.

A missão foi instituída após a intervenção militar anglo-americana em março de 2003, que levou à queda e posterior execução do presidente Saddam Hussein.

Sua vigência, reforçada em 2007 e renovada anualmente, incluía o apoio ao governo para o diálogo político inclusivo e a reconciliação nacional, a organização de eleições e a reforma do setor de segurança.

Durante a renovação anterior, em maio de 2023, o Conselho pediu ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que iniciasse uma revisão estratégica confiada ao diplomata alemão Volker Perthes. 

Em suas conclusões publicadas em março, Perthes estimou que "em sua forma atual", a UNAMI, que contava com mais de 700 pessoas no final de 2023, parecia "muito importante". 

Solicitou, portanto, que suas tarefas fossem transferidas para as autoridades nacionais competentes e outras entidades da ONU no terreno "de forma responsável, ordenada e gradual", durante um período de dois anos.

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© Agence France-Presse

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