Uruguai e EUA têm tudo a seu favor no Grupo C da Copa América

O Uruguai e os donos da casa, os Estados Unidos, são as seleções do Grupo C da Copa América-2024 apontadas como favoritas a se classificarem para as quartas de final. 

Comandada pelo argentino Marcelo Bielsa e com jogadores de alto nível como o meia Federico Valverde e os atacantes Darwin Núñez e o veterano Luis Suárez, a 'Celeste' se apresenta como um adversário a ser batido.

Ao mesmo tempo, como locais, os embaixadores do 'soccer' têm material para responder, com um elenco liderado por Christian Pulisic. 

Completam esta chave a Bolívia, em reestruturação, e o Panamá, atingido por uma onda de lesões. 

A ação do grupo começa no domingo com as partidas Estados Unidos-Bolívia no AT&T Stadium em Arlington, Texas, e Uruguai-Panamá no Hard Rock Stadium em Miami.

- Uruguai: gols de Núñez e 'loucura' de Bielsa -

Com o objetivo de conquistar o décimo sexto título da Copa América, a seleção uruguaia encara o torneio no pelotão dos principais candidatos. 

Seus trunfos? A sólida classificação para a Copa do Mundo de 2026 que está fazendo sob o comando de Bielsa, com um ataque avassalador em que Darwin Núñez - herdeiro de Luis Suárez - deu um passo à frente com cinco gols e três assistências. 

Os uruguaios, com 13 pontos em seis jogos, só são superados na tabela pela tricampeã mundial Argentina, que tem 15, a quem venceram por 2 a 0 em Buenos Aires, em novembro passado. 

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A 'Celeste' conta com uma boa safra de jogadores consagrados em clubes de elite da Europa, entre eles Núñez (Liverpool), Valverde (Real Madrid), Miguel Ugarte (Paris Saint-Germain) e Rodrigo Bentancur (Tottenham). "Isso sempre gera entusiasmo", diz Bielsa.

- EUA: alto potencial -

O técnico dos Estados Unidos, Gregg Berhalter, tem um elenco com nomes importantes para fazer bonito como dono da casa. Pulisic (Milan), Giovanni Reyna (Nottingham Forest), Tyler Adams (Bournemouth) e Weston McKennie (Juventus) estão à frente da seleção americana. 

É uma equipe com potencial, como mostrou ao conquistar pela terceira vez a Liga das Nações da Concacaf, em março, com uma vitória sobre o vizinho e arquirrival México por 2 a 0 na final. 

"Eles podem nos dobrar, mas não nos quebrar (...). Estamos prontos para a Copa América", comentou Berhalter após o último amistoso de preparação, em que a seleção dos EUA empatou em 1 a 1 com o Brasil. "Sentimos que demos um pequeno passo, não um grande passo, mas em última análise um passo importante", disse ele durante a coletiva de imprensa. 

Os Estados Unidos terminaram em quarto lugar na participação anterior como sede, na Copa América Centenário de 2016.

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- Panamá: praga de lesões -

O Panamá recebeu más notícias de última hora. 

Seu capitão, o meio-campista Aníbal Godoy (Nashville SC, Estados Unidos), está fora da Copa América devido a uma lesão muscular na perna esquerda. 

É mais um desfalque para o técnico espanhol de origem dinamarquesa Thomas Christiansen, que se junta aos dos zagueiros Fidel Escobar e Andrés Andrade e do atacante Cecilio Waterman. A sorte parece ter virado as costas para os panamenhos.

- Bolívia: reestruturação -

O técnico da Bolívia, o brasileiro Antonio Carlos Zago, é franco: a Copa América será complicada para sua seleção. 

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"Somos conscientes e sinceros das nossas dificuldades", publicou Zago nas redes sociais, destacando que a fase de preparação esteve focada na consolidação de uma nova geração, com um grupo de jogadores com idade média de 25,7 anos. "Vamos adquirir todas a rodagem possível nesta competição com a missão de melhorar a cada dia". 

Um símbolo da troca da guarda é a recente aposentadoria do maior artilheiro da história da seleção boliviana, Marcelo Moreno. 

A renovação, no entanto, teve seus obstáculos. Um exemplo inusitado: o jovem Moisés Paniagua, de 16 anos, uma das maiores promessas do futebol boliviano, ficou de fora porque seu pai, em um descuido, não assinou a autorização necessária para que Paniagua, menor de idade, viajasse ao exterior.

erc/ma/aam 

© Agence France-Presse

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