Djokovic e Alcaraz vão reeditar final do ano passado em Wimbledon

"Estou muito feliz por estar na final, mas não quero parar por aqui, agora quero levantar o troféu", disse o sérvio após a partida.

"Já disse muitas vezes que jogar e vencer Wimbledon era um sonho de infância para mim. Vale repetir que eu era um garoto de sete anos com bombas voando sobre a minha cabeça quando sonhava com a quadra mais importante do mundo, que é aqui em Wimbledon", lembrou Djokovic, que deixou a Sérvia para treinar na Alemanha depois de escapar do bombardeio da Otan em seu país na década de 1990.

O veterano pode igualar o recorde de oito títulos de Roger Federer e se tornar o campeão mais velho do torneio da era moderna se conseguir se vingar da derrota na final do ano passado para Alcaraz.

A última vez que Djokovic e Musetti se enfrentaram foi em Roland Garros, em junho, quando o sérvio conquistou a vitória na terceira rodada, em jogo que terminou às 3h07 da manhã (no horário local).

Nesta sexta-feira, porém, Djokovic não teve muito trabalho para alcançar sua 37ª final de Grand Slam.

Cabeça de chave número 2 em Londres, 'Nole' estava jogando sua 49ª semifinal de Grand Slam, enquanto Musetti, de 22 anos, estava na primeira.

Depois de fechar o primeiro set, essa experiência foi fundamental, já que Djokovic teve tranquilidade para se recuperar da quebra que sofreu na abertura da segunda parcial, decidida no tie break.

Uma quebra no início do terceiro set abriu o caminho para a vitória sobre Musetti, que tentou resistir salvando três match points, mas não conseguiu evitar que Djokovic chegasse a mais uma final de Wimbledon.

- Alcaraz vira sobre Medvedev -

Mais cedo, Alcaraz derrotou o russo Daniil Medvedev (N.5) também na quadra central por 3 sets a 1, de virada, com parciais de 7-6 (7/1), 6-3, 6-4 e 6-4, em duas horas e 55 minutos de jogo.

O espanhol de 22 anos buscará no domingo seu quarto título de Grand Slam. Em caso de vitória, ele se tornará o sexto jogador na história a ganhar Roland Garros e Wimbledon no mesmo ano.

"Sinto que já não sou um novato. Já sei o que vou sentir antes de jogar uma final. Já estive nesta situação antes. Vou tentar corrigir os erros que cometi na final passada, ser melhor e fazer bem as coisas", disse Alcaraz após a vitória.

No jogo contra Medvedev, o primeiro set foi marcado pelo equilíbrio, com quebras de serviço para ambos os lados até a chegada do tie break, em que o russo levou a melhor com ampla vantagem (7/1).

O espanhol, que não encaixou seu jogo na primeira parcial, cometeu 15 erros não forçados contra oito de Medvedev.

Mas Alcaraz não se abateu e no quarto game do segundo set conseguiu uma quebra para abrir 3-1 e, na sequência, fechar em 6-3. No quarto set, quebrou mais uma vez o serviço do russo e fechou em 6-4.

Imparável, o espanhol, muito agressivo e arriscando mais em seus golpes, quebrou duas vezes o saque de Medvedev no quarto e decisivo set para selar a classificação para a final com um novo 6-4.

"Ele dominou a partida no início, jogando um ótimo tênis, com ótimos saques. Foi difícil para mim, mas quando consegui a quebra para liderar por 3 a 1 no segundo set, comecei a colocar meu jogo no lugar. Fiz uma boa partida", analisou Alcaraz.

"Tentei de tudo: jogar ralis longos, voleios, o máximo possível. Não queria que ele fizesse o jogo dele, não queria passar dez a 12 trocas de bola por rali", explicou o espanhol.

Com este resultado, Alcaraz amplia a vantagem sobre Medvedev nos confrontos diretos: cinco vitórias em sete duelos.

O espanhol, que este ano venceu Medvedev na final do Masters 1000 de Indian Wells, também leva a melhor nos confrontos em Wimbledon entre ambos.

O russo venceu na segunda rodada do torneio em 2021, mas Alcaraz se vingou com duas vitórias seguidas em semifinais, em 2023 e 2024.

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