Regulador de mercado britânico abre investigação sobre contratações de ex-funcionários da Inflection AI pela Microsoft

O órgão de regulação de concorrência britânico anunciou, nesta terça-feira (16), que abriu uma investigação sobre a contratação pela Microsoft de ex-funcionários da Inflection AI e sua associação entre a gigante americana de informática e a empresa líder em Inteligência Artificial (IA). 

A CMA (Autoridade de Mercados e Concorrência no Reino Unido), uma comissão da União Europeia (UE) e do Federal Trade Commission (FTC), órgão de regulação de mercado americano, tem intensificado a supervisão do mercado de IA generativa há vários meses. 

A CMA examina o processo desde abril e afirmou que "tem informações suficientes sobre a contratação de determinados ex-empregados da Inflection AI pela Microsoft Corporation", com acordos associados que "permitem a abertura de uma investigação".

Este inquérito inicial determinará se é necessário prosseguir com uma investigação que vá mais a fundo. 

Mustafa Suleyman, cofundador da DeepMind, a empresa de IA adquirida pela Google, anunciou em março que estava deixando seu cargo de diretor-executivo da Inflection AI, uma empresa da qual foi um dos fundadores, para trabalhar na gigante de informática Microsoft. 

Suleyman acrescentou que alguns funcionários da Inflection AI, incluindo outra cofundadora, Karen Simonyan, optaram por se juntar à sua nova equipe na Microsoft.

O porta-voz da Microsoft disse à AFP, depois da publicação feita pelo órgão de regulação, que a empresa acredita que "a contratação de talentos promove a concorrência e não deve ser tratada como uma fusão". 

"Forneceremos à CMA do Reino Unido as informações necessárias para realizar suas investigações o mais rápido possível", disse o porta-voz. 

A CMA anunciou em abril que estava examinando várias associações entre gigantes da tecnologia e start-ups de IA generativa, incluindo acordos entre a Microsoft e a francesa Mistral AI, entre a Amazon e a Anthropic, bem como entre a Microsoft e a Inflection AI.

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Em maio deste ano, a autoridade reguladora do Reino Unido deu luz verde à parceria entre a Microsoft e a Mistral AI, concluindo que a gigante americana não tem influência suficiente para considerar a colaboração como uma fusão.

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© Agence France-Presse

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