Wall Street fecha sem tendências definidas à espera de dados da inflação nos EUA
A bolsa de Nova York fechou sem tendências definidas nesta terça-feira (10), com investidores hesitantes antes da divulgação dos dados da inflação nos Estados Unidos, na quarta e na quinta-feira.
O Dow Jones recuou 0,23%, enquanto o tecnológico Nasdaq subiu 0,84% e o índice ampliado S&P 500 avançou 0,45%.
"O mercado já se projeta para o IPC [índice de preços ao consumidor] amanhã [quarta-feira], e o PPI [índice de preços ao produtor] na quinta-feira", resumiu Tom Cahill, da Ventura Wealth Management.
Tratam-se de dois informes importantes antes da reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano), na terça e na quarta-feira da próxima semana.
Os economistas preveem uma moderação do IPC em agosto para 2,6% em 12 meses frente aos 2,9% de julho.
Os operadores estimam uma probabilidade de 69% de corte nas taxas de juros em um quarto de ponto percentual pelo Fed na semana que vem, no início de um ciclo de flexibilização de sua política monetária.
A queda dos preços da energia nos Estados Unidos - a gasolina está 15% mais barata que há um ano neste período - reforça a ideia de que a inflação irá se normalizar, explicou Marc Chandler, da Bannockburn Global Forex.
O mercado também está atento ao debate desta terça-feira entre o ex-presidente republicano Donald Trump e a vice-presidente democrata Kamala Harris.
"Este debate poderia movimentar um pouco o mercado, mas não eliminará a incerteza" sobre o resultado das eleições de novembro, advertiu Tom Cahill.
"Se Trump ou Harris brilharem verdadeiramente, poderia afetar alguns setores, por exemplo a energia renovável ou as infraestruturas", apostou o analista.
Entre os principais valores do dia, destacaram-se a Oracle (+11,44%), com resultados acima do esperado e um crescimento em suas atividades de computação na nuvem. As previsões do grupo para o atual trimestre estiveram, enquanto isso, em linha com as projeções dos analistas.
A Apple recuou (-0,36%) após a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), que entendeu que a empresa se beneficiou entre 1991 e 2014 de ajudas ilegais por parte da Irlanda, que agora poderá reivindicar da companhia 13 bilhões de euros (R$ 80,6 bilhões, na cotação atual).
"O Tribunal de Justiça resolve definitivamente o litígio e confirma a decisão da Comissão Europeia de 2016: a Irlanda concedeu à Apple uma ajuda ilegal que este Estado deve recuperar", indicou a corte.
Com a decisão, a Apple sofrerá um impacto de até 10 bilhões de dólares (R$ 56,2 bilhões em valor atual) em suas contas, indicou a empresa.
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