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EUA considera ataque do Hezbollah a Tel Aviv 'muito preocupante'

A Casa Branca considerou, nesta quarta-feira (25), que o lançamento de um míssil pelo Hezbollah contra Tel Aviv "é muito preocupante", embora ainda pense que é possível uma solução diplomática que evite uma "guerra total". 

"É certamente muito preocupante, obviamente para os israelenses e, claro, para nós também", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, à CNN. "Ainda há tempo e espaço para uma solução diplomática que diminua as tensões e evite uma guerra total", acrescentou.

Em declarações separadas ao "Today Show" da NBC, o chefe da diplomacia americana Antony Blinken também apelou a uma solução diplomática para o conflito. 

"Israel tem um problema real e legítimo, porque foi isso que aconteceu depois dos acontecimentos horríveis de 7 de outubro (cometidos) pelo Hamas no sul de Israel: o Hezbollah do Líbano se uniu e começou a disparar foguetes", explicou Blinken. 

"O que todos querem é ter um ambiente seguro onde as pessoas possam simplesmente ir para casa, as crianças possam voltar à escola (...). A melhor maneira de conseguir isso não é por meio da guerra, não é por meio de uma escalada, seria por meio de um acordo diplomático", estimou.

Sobre as negociações de cessar-fogo entre o Hamas e Israel, nas quais os Estados Unidos mediam juntamente com o Egito e o Catar, Blinken disse: "Temos um pedaço de papel, um acordo; tem 18 parágrafos, 15 desses parágrafos foram acordados entre Hamas e Israel". 

"Mas o que aconteceu nas últimas semanas é que o Hamas simplesmente não esteve à mesa, não esteve disposto a se comprometer nas questões pendentes", disse. 

De acordo com Kirby, o líder do Hamas, Yahya "Sinwar, não está interessado em um cessar-fogo neste momento. Ele está entrincheirado, em um túnel em algum lugar". 

A tensão entre o Hezbollah e Israel aumentou desde o final de julho, quando um ataque com foguetes do Hezbollah matou 12 crianças em um campo de futebol.

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Em resposta, Israel alegou ter matado um comandante do Hezbollah em Beirute. 

Um dia depois, o chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, morreu no Irã em um ataque atribuído a Israel. 

Sobre as explosões na semana passada de pagers e dispositivos eletrônicos do Hezbollah, também atribuídas a Israel, Blinken afirmou: "É algo que estamos estudando". Ele negou novamente que os Estados Unidos estejam envolvidos.

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© Agence France-Presse

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