Título da Copa Davis completa 2024 perfeito para o tênis italiano

A Itália foi campeã da Copa Davis pelo segundo ano consecutivo, o terceiro título de sua história, ao bater a Holanda na final neste domingo (24), e completou uma temporada perfeita para o país: Jannik Sinner domina o circuito masculino e Jasmine Paolini, revelação no feminino, liderou a vitória na Billie Jean King Cup no meio da semana.

O hino italiano foi a trilha sonora do Palácio dos Esportes Martín Carpena, em Málaga, local onde foram disputadas as fases finais da Davis e da BJK Cup.

A Itália se tornou o quinto país na história a vencer os dois torneios no mesmo ano, entrando numa lista que inclui Estados Unidos (sete vezes), Austrália (três), República Tcheca e Rússia.

Com esta 'dobradinha', a Itália soma sua terceira Davis (1976, 2023 e 2024) e sua quinta BJK Cup (2006, 2009, 2010, 2013 e 2024).

Neste domingo, apoiada pelo público nas tribunas, a equipe italiana bateu com tranquilidade a Holanda, que disputava sua primeira final.

- Berrettini abre o caminho -

Matteo Berrettini abriu o caminho para o título ao bater em dois sets (6-4 e 6-2) Botic van de Zandschul, líder do time holandês.

Com o embalo de suas três vitórias na fase final do torneio, Van de Zandschulp começou confiante e sólido nas trocas de bola.

O italiano, menos regular no início, precisou de tempo para se encontrar no jogo. Mas quando entrou no ritmo, deixou claro que seu nível de tênis é superior.

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Depois de dois anos sofrendo com lesões, Berrettini, que já foi número 6 do mundo, entrou na equipe italiana na última hora para substituir Flavio Cobolli e encontrou nesta Copa Davis a injeção de ânimo que precisava voltar a disputar com os melhores.

"Eu me sinto incrível. Ganhando é melhor, mas ter saúde, estar aqui e desfrutar esta atmosfera é o mais importante para mim. Estava sentindo falta", disse Berrettini, finalista de Wimbledon em 2021.

- Sinner garante o título -

Cabia a Sinner completar o serviço e selar o título. Com oito títulos no ano antes da Davis, entre eles o Aberto da Austrália e o US Open, o número 1 do mundo acelerou na reta final da temporada.

Desde agosto, o italiano soma 30 vitórias em 31 jogos. Sua única derrota de lá para cá foi diante do espanhol Carlos Alcaraz, na final do ATP 500 de Pequim, no dia 2 de outubro.

Antes de ir a Málaga, foi campeão do ATP Finais em Turim, com cinco vitórias em cinco jogos, sem perder um único set.

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Na fase final da Davis, foram quatro vitórias em quatro jogos (um deles em duplas), também sem conceder sets, e com a certeza de que o nível e a regularidade que consegue imprimir em seu jogo são incomparáveis no circuito.

"É como tentar resolver um quebra-cabeça que poucas pessoas conseguiram. Sua velocidade nos golpes e consistência fazem com que ele não perca a concentração durante todo o jogo", definiu o australiano Alex de Minaur, que no sábado sofreu sua nona derrota em nove confrontos com o italiano.

Sinner teve mais trabalho do que o esperado contra Griekspoor, que fez jogo duro no primeiro set, mas sucumbiu no segundo. O italiano selou a vitória com parciais de 7-6 (7-2) e 6-2, em uma hora e 31 minutos.

O holandês, aplicado e dinâmico nas trocas de bola no início do duelo, resistiu bem ao desafio de enfrentar o número 1 do mundo e inclusive teve dois break points no primeiro set, os quais não aproveitou. A decisão só saiu no tie break, no qual Sinner cedeu apenas dois pontos.

A segunda parcial foi mais favorável ao italiano, que enfim teve sua primeira chance de quebra e não desperdiçou, embora Griekspoor tenha dado o troco imediatamente (2-2).

Mas o holandês definitivamente desmoronou. Alternava golpes de gênio com erros bobos que o levaram a ter o serviço quebrado mais uma vez.

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Sinner não iria se dar ao lucho de não aproveitar os presentes do adversário conseguiu mais uma quebra para abrir 5-2 e na sequência sacou para fechar o jogo.

pm/iga/cb

© Agence France-Presse

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