Trump nomeia general reformado como enviado para Ucrânia e Rússia
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu, nesta quarta-feira (27), o general reformado Keith Kellogg, um de seus apoiadores incondicionais, como futuro enviado para a Ucrânia e a Rússia.
"Estou muito feliz em nomear o general Keith Kellogg como assistente do presidente e enviado especial para Ucrânia e Rússia", disse Trump em um comunicado publicado em sua rede, Truth Social.
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"Ele esteve comigo desde o começo. Juntos, garantiremos a PAZ ATRAVÉS DA FORÇA e faremos com que os Estados Unidos e o mundo voltem a ficar SEGUROS", acrescentou.
O presidente eleito, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, destaca a "diferenciada carreira militar e empresarial" de Kellogg.
Bastante crítico dos bilhões de dólares desembolsados pelos Estados Unidos para a Ucrânia, Trump prometeu resolver a guerra entre Kiev e Moscou até mesmo antes de tomar posse, mas nunca explicou como pretende fazê-lo.
O general reformado de 80 anos abordou o tema da Ucrânia em um memorando publicado em abril.
Qualquer "futura ajuda militar americana requererá que a Ucrânia participe de conversas de paz com a Rússia", afirmou.
Também pediu "o adiamento da adesão da Ucrânia à Otan por um período prolongado em troca de um acordo de paz integral e verificável com garantias de segurança" para "convencer [o presidente russo Vladimir] Putin a participar das negociações".
Kellogg é pouco conhecido pela opinião pública e presidiu por um curto período o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca durante o primeiro mandato de Trump (2017-2021).
Em sua nota, escrita em conjunto com outro conservador, o Kellogg estima que "o governo e o povo ucranianos terão dificuldades para aceitar uma paz negociada que não lhes devolva todo o seu território".
"Mas, como disse Donald Trump [...] em 2023: 'Quero que todos deixem de morrer'. Este é também o nosso ponto de vista. É um bom primeiro passo", escreveu.
Trump tem o hábito de denunciar a quantidade de recursos concedidos por Washington a Kiev desde a invasão russa em fevereiro de 2022.
Justo antes de uma reunião com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, em setembro, Trump disse que ele era "o melhor vendedor do planeta". "Cada vez que ele vem ao nosso país, volta com 60 bilhões de dólares [cerca de R$ 350 bilhões na cotação atual]", comentou.
Desde então, os dois conversaram por telefone depois da vitória de Trump nas eleições americanas.
À época, Zelensky disse que o telefonema foi "excelente". "Estabelecemos manter um diálogo próximo e avançar em nossa cooperação", disse.
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