Aliado de Maduro é confirmado como presidente do Parlamento na Venezuela

O poderoso líder chavista Jorge Rodríguez, do círculo mais próximo do presidente Nicolás Maduro, foi confirmado neste domingo como presidente do Parlamento venezuelano, cinco dias antes da posse de Maduro para um novo mandato.

Rodríguez, 59, foi confirmado como presidente da Assembleia Nacional (AN, unicameral), no início do ano legislativo 2025-2026, último dos cinco do período dos atuais parlamentares, em que estará sobre a mesa uma reforma da Constituição proposta por Maduro.

Psiquiatra de formação e líder do congresso desde janeiro de 2021, Rodríguez ocupou posições de destaque. Liderou as negociações entre delegados do chavismo e da oposição - com a participação dos Estados Unidos - para as eleições presidenciais questionadas de 28 de julho.

O chavista foi chefe de campanha de Maduro e integrou durante anos seu gabinete ministerial. Também foi vice-presidente do falecido Hugo Chávez.

Após a sua ratificação, o líder legislativo renovou o convite a Maduro, que ocupa o poder desde 2013, para tomar posse na próxima sexta-feira e iniciar seu terceiro mandato consecutivo (2025-2031).

Juntamente com Rodríguez, Pedro Infante e América Pérez foram ratificados como vice-presidentes da câmara. Novas eleições legislativas estão previstas para este ano, em data a definir. Também estão programadas eleições para prefeitos e governadores.

"Nós nos vemos nas ruas, nas esquinas, no bairro. No dia 10, prestamos juramento pela Venezuela", publicou hoje Maduro nas redes sociais, convocando manifestações chavistas.

O governante de esquerda foi proclamado reeleito pela autoridade eleitoral com 52% dos votos, sem que uma contagem detalhada tenha sido publicada até o momento. 

A oposição reivindica a vitória de González Urrutia e publicou em um site cópias das atas eleitorais. O opositor, que se exilou na Espanha em setembro, prometeu retornar à Venezuela para a posse em 10 de janeiro. Ele faz um giro internacional por Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Panamá e República Dominicana.

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© Agence France-Presse

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