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Opositor de Maduro, González denuncia sequestro de seu genro na Venezuela

Opositor de Maduro na Venezuela, Edmundo González Urrutia, em foto de 31 de maio de 2024 Imagem: Gabriela Oraa/AFP

AFP

07/01/2025 14h37

O opositor Edmundo González Urrutia, que reivindica a vitória nas eleições presidenciais da Venezuela sobre Nicolás Maduro, denunciou, nesta terça-feira (7), a detenção do seu genro em Caracas por "homens encapuzados".

"Nesta manhã, meu genro Rafael Tudares foi sequestrado", escreveu González na rede X, em Washington, onde na véspera foi recebido pelo presidente americano, Joe Biden.

"Rafael ia para a escola dos meus netos deixá-los para o início das aulas, quando homens encapuzados e vestidos de preto o interceptaram, colocaram-no em uma caminhonete dourada [...], e o levaram embora. Até agora está desaparecido", acrescentou o diplomata de 75 anos.

As autoridades ainda não fizeram declarações sobre o ocorrido.

Após receber asilo político na Espanha, para onde fugiu depois de uma ordem de prisão emitida contra ele, González faz um giro internacional, que o levou a Argentina, Uruguai e Estados Unidos, em busca de apoio às vésperas do 10 de janeiro, quando Maduro deve ser empossado para um terceiro mandato consecutivo (2025-2031).

Além de falar com Biden, ele se reuniu com Mike Waltz, escolhido pelo futuro presidente americano, Donald Trump, como futuro assessor de segurança da Casa Branca. Ele também se reuniu com congressistas e senadores.

Maduro foi proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano o vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho com 52% dos votos, sem publicar uma apuração detalhada, como determina a lei.

A oposição publicou em um site cópias das atas eleitorais com as quais reivindica a vitória, documentos cuja validade o chavismo nega.

González prometeu voltar a seu país e no domingo pediu o apoio da Força Armada para assumir o poder no lugar de Maduro. A líder opositora, María Corina Machado, convocou protestos para a quinta-feira.

Em nota, a Força Armada condenou a mensagem de González e expressou "lealdade" a Maduro. O ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, advertiu que o opositor será "detido" se "puser um pé" na Venezuela.

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