Governo mexicano destaca 'contenção' de homicídios no estado violento de Sinaloa

O governo mexicano destacou, nesta quinta-feira (9), uma "contenção" no número de homicídios no estado violento de Sinaloa (noroeste), que foi abalado pelo confronto entre duas facções de um cartel de drogas. 

"Ainda há muito trabalho a ser feito, mas depois do aumento de homicídios que começou em dezembro, hoje podemos ver uma contenção na escalada de homicídios", disse o secretário de Segurança Pública, Omar García Harfuch, em coletiva de imprensa.

A autoridade disse que em Culiacán, capital do estado e epicentro dos confrontos violentos entre duas facções do cartel de Sinaloa, houve uma redução de 35% nos homicídios entre outubro e dezembro. 

García Harfuch acrescentou que em Sinaloa foram presos "43 alvos prioritários e 558 pessoas que faziam parte de células criminosas". 

Ele também disse que quase 700 armas de fogo e mais de 100 granadas foram confiscadas no estado.

Os filhos de Joaquín "Chapo" Guzmán, fundador do cartel e que cumpre pena perpétua em uma prisão dos EUA, enfrentam os aliados de Ismael "Mayo" Zambada, preso em 25 de julho do ano passado nos Estados Unidos. 

Esses confrontos deixaram 651 mortos e 513 desaparecidos entre 9 de setembro e 31 de dezembro, de acordo com um relatório oficial citado pelo jornal mexicano La Jornada. 

O governo da presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, também informou que desde o início do governo, em 1º de outubro, houve uma queda de 16,3% no número de homicídios no país.

Sheinbaum prometeu manter a estratégia de segurança de seu antecessor e colega de partido Andrés Manuel López Obrador para abordar as causas da violência, como a pobreza e o desemprego, mas também fortalecer o trabalho de inteligência e a coordenação dos gabinetes das promotorias a nível federal e estadual.

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Desde dezembro de 2006, quando uma controversa operação militar antidrogas foi lançada, o México registrou mais de 450.000 mortes violentas e dezenas de milhares de desaparecimentos, segundo dados oficiais.

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© Agence France-Presse

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