Coreia do Sul alerta Norte que congelamento de bens de empresas é ilegal
A Coreia do Sul acusou hoje (12) a Coreia do Norte de agir "ilegalmente" ao congelar os bens das empresas sul-coreanas e dos trabalhadores expulsos do complexo industrial partilhado de Kaesong.
O ministro da Unificação de Seul, Hong Yong-Pyo, afirmou que a decisão do governo norte-coreano de expulsar as empresas sul-coreanas foi lamentável, acrescentando que o Norte tem de se responsabilizar pelas consequências.
Nessa quinta-feira (11) , a Coreia do Norte anunciou que ia fechar totalmente Kaesong e colocar o complexo sob controle militar.
Todos os sul-coreanos que trabalhavam no local, localizado na Coreia do Norte, a dez quilômetros da fronteira, foram expulsos, sendo apenas autorizados a levar consigo bens pessoais.
O governo de Kim Jong-un determinou também "total congelamento" de todos os bens deixados para trás, incluindo matérias-primas, produtos e equipamentos.
A Coreia do Norte atribuiu as medidas à decisão de Seul, tomada no dia anterior, de suspender as operações das 124 empresas sul-coreanas em Kaesong - uma resposta aos recentes teste nuclear e lançamento de míssil de longo alcance pelo Norte.
"A Coreia do Norte expulsou o nosso pessoal quase sem aviso, impediu-os de levar produtos terminados e congelou ilegalmente bens valiosos", disse Hong.
O ministro condenou também a "medida extrema e injustificada" tomada pelo Norte de cortar as duas únicas linhas de comunicação com o Sul.
"A Coreia do Norte vai ter de assumir a responsabilidade pelo que acontecer daqui para a frente", observou.
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