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Com críticas ao PMDB, manifestantes saem às ruas de Porto Alegre

31/03/2016 20h06

Manifestantes contrários ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff voltaram à Esquina Democrática de Porto Alegre no fim da tarde de hoje (31). Assim como no dia 18, a manifestação ocupa várias quadras do centro histórico da capital gaúcha, desde as 17h.

Os movimentos sociais marcam presença. Bandeiras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de movimentos feministas, de negros e da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros) se misturam às faixas de protesto.

Presidenta da União de Negros pela Igualdade no Rio Grande do Sul, Elisa Regina Vargas, afirmou que os protestos contra o governo são de brancos e ricos que não representam o povo. "Se tu vires as manifestações do povo da direita, tu não vais nos encontrar lá. Nós somos a maioria da população brasileira, e nós elegemos a Dilma", ressaltou Elisa.

Movimentos estudantis e de jovens militantes também se juntaram aos manifestantes. A estudante Júlia de Souza Cosseti disse estar preocupada com o futuro da democracia. "Esse momento é crítico. É muito importante a união de toda a esquerda para impedir esse golpe que estão armando. A direita não está preocupada em acabar com a corrupção, mas apenas em tomar o poder", disse.

Um dos principais alvos dos manifestantes é a Rede Globo. Os gritos de ordem da multidão incluem frases como "Globo Golpista". Eles afirmam que a empresa apoiou a ditadura.

Os participantes também não pouparam ataques ao PMDB, que esta semana deixou o governo Dilma. Os integrantes do partido mais lembrados foram o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e o vice-presidente da República, Michel Temer. A atuação do juiz federal Sérgio Moro também foi alvo de críticas dos manifestantes.