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Bancários do Ceará, do DF e de outros 16 Estados encerram greve

Greve dos bancários durou 31 dias  - Joka Madruga/ Futura Press/ Estadão Conteúdo
Greve dos bancários durou 31 dias Imagem: Joka Madruga/ Futura Press/ Estadão Conteúdo

Camila Boehm

Agência Brasil

06/10/2016 21h52

Os trabalhadores dos bancos privados e do Banco do Brasil decidiram pelo fim da greve em assembleia feita na tarde desta quinta-feira (6), em capitais de 16 Estados, e voltam ao trabalho na sexta-feira, após 31 dias de greve no Acre, Amapá, Goiás, Santa Catarina, Paraná, Piauí, Minas Gerais, Amazonas, Roraima, Rondônia, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Alagoas, Pará, Ceará e no Distrito Federal. Nesses locais, as assembleias dos sindicatos dos bancários já foram concluídas.

No entanto, os bancários da Caixa decidiram manter a paralisação pelo menos no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Em São Paulo, cerca de 5 mil trabalhadores participaram das três assembleias (Banco do Brasil, Caixa e bancos privados), segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresentou na quarta-feira (5) ao Comando Nacional dos Bancários, durante a 11ª rodada de negociação, acordo com validade de dois anos, no qual, em 2016, a categoria receberá reajuste de 8% e abono de R$ 3.500; o vale-refeição e o auxílio creche-babá serão reajustados em 10% e o vale-alimentação, em 15%; em 2017, haverá correção integral da inflação acumulada, com aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.

Os bancários conquistaram também o abono de todos os dias parados. A extensão da licença paternidade subirá para 20 dias e entrará na Convenção Coletiva de Trabalho, com validade a partir da definição do benefício fiscal pelo governo, informou o sindicato.

"Fizemos uma greve forte e vitoriosa. Em um ambiente de alta incerteza política e econômica e ataque aos direitos dos trabalhadores, a categoria garantiu ganho real em 2017 e, para este ano, manteve a valorização em itens importantes como vale-alimentação, refeição e auxílio-creche", disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Os trabalhadores reivindicavam no início da campanha salarial reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%; participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário-mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880).

Na noite de quinta, a Contraf divulgou nota informando que a maioria dos sindicatos aprovou a proposta da Fenaban e os acordos específicos do Banco do Brasil e da Caixa, encerrando a greve. Entretanto, em algumas cidades, as assembleias podem ter tido resultado diferente, continuando a paralisação.