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Candidatos em Salvador consideram complexas questões do 1º dia do Enem

Sayonara Moreno

Da Agência Brasil, em Salvador

05/11/2016 20h04Atualizada em 05/11/2016 20h40

Os candidatos que fizeram o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) avaliaram, de modo geral, como "difícil" e "complexa" a prova de hoje (4). Os estudantes tiveram quatro horas e 30 minutos para responderem às questões objetivas de ciências humanas e de ciências da natureza.

"Achei boa a prova, mas ciências naturais foi a parte mais difícil. Eu estudava cinco horas por dia, além do tempo no cursinho. Outra coisa que me deixou meio desestabilizada emocionalmente foi a incerteza sobre a minha prova, se seria adiada ou não", conta a estudante Nathália Garcia, de 18 anos; Ela participa do Enem pela terceira vez e agora quer entrar no curso de medicina em alguma universidade pública.

O Estado da Bahia é o terceiro com o maior número de inscritos para o exame (664.697), atrás de São Paulo (1.404.276) e Minas Gerais (948.558). Mais de 30 mil candidatos baianos, em 30 cidades, tiveram as provas adiadas para 3 e 4 de dezembro, por causa das ocupações estudantis contra a reforma da educação e a proposta de emenda à Constituição que limita os gastos públicos.

Em Salvador, a aplicação do Enem em quatro departamentos da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) foi adiada. Apesar disso, os estudantes contestam a decisão, já que ocuparam apenas a reitoria.

Dificuldades

Aos 55 anos, Eloísa Menezes tem vontade de cursar uma universidade e resolveu fazer o Enem. Ela, no entanto, conta que considerou a prova com nível muito alto, sobretudo para quem trabalha ou não tem acesso a uma educação de qualidade.

"Estudei muito pouco, por falta de empenho e porque não tenho muito tempo. Houve questões muito longas, que desgastam a cabeça e levam muito tempo de prova. Amanhã é a redação e estou animada, porque passei a gostar de escrever", destacou a candidata. Ela acredita a redação de amanhã (6) terá como tema corrupção na política.

Outro candidato que alegou falta de tempo para preparar-se foi o vigilante Edvan Vieira, 28 anos. Mesmo achando a prova "um pouco difícil", ele acredita que teve rendimento melhor que na edição anterior do Enem.

"Espero conseguir nota suficiente para entrar na faculdade de Engenharia Elétrica. A parte mais difícil foi de humanas, mas gostei um pouco de química e física. Amanhã tem matemática, que gosto, e também tem redação, que não é o meu forte", diz Edvan. Ele espera uma redação sobre o vírus Zika e os casos de microcefalia no país.

Para a prova de amanhã (5), os portões dos locais de prova na Bahia ficarão abertos entre 11h e 12h (12h e 13h, no horário de Brasília), por causa do horário de verão. Os estudantes terão cinco horas e 30 minutos para responderem às questões objetivas de linguagens e códigos, matemática e redação.