Saúde lança campanha para reduzir em 20% mortalidade entre crianças indígenas
O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (23), em Manaus, um programa voltado para a saúde da criança indígena, com a meta de reduzir em 20% a mortalidade nessa faixa da população até 2019.
Dados da pasta mostram que a mortalidade infantil indígena, 31,28 por mil nascidos vivos, é mais que o dobro da média geral nacional, de 13,8. De acordo com o ministério, metade das mortes de crianças indígenas ocorre antes de elas completarem um ano. A maioria dos óbitos (65%) é por doenças e causas evitáveis, como problejmas respiratórias, nutricionais e parasitários. O foco do novo programa é atuar principalmente no combate a esses problemas. O diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Allan Sousa, afirma que estas são as mortes mais preocupantes, já que podem ser prevenidas com uma estrutura relativamente simples. "Os óbitos nessa faixa etária motram ou que o pré-natal não foi feito com qualidade, ou que o acompanhamento da criança não está sendo feito", destacou. Para a diretora de Atenção à Saúde Indígena, Regina Celia Resende, outro grande problema nas aldeias é que as mães estão deixando de amamentar os bebês muito cedo. Em média, o período de amamentação dura quatro meses, quando a recomendação é de, no mínimo, seis meses. Antonio Leopoldo Nogueira, do Ministério da Saúde, enquanto a taxa de desnutrição nacional das crianças de até 5 anos é de 1,9%, entre os índios, na mesm faixa etária, é de 8,8%. Segundo o Ministério da Saúde, a dificuldade nos registros de informações de nascidos vivos e de óbitos também interfere no diagnóstico e na formulação de políticas públicas direcionadas para essa população. Conforme dados da pasta, no ano passado, mais de 99 mil crianças foram vacinadas no país, mas, entre as crianças indígenas menores de 7 anos, o índice ficou em 78,9%. O programa lançado hoje tem como metas garantir que 85% das crianças menores de 5 anos tenham esquema vacinal completo, alcançar 90% das gestantes com acesso ao pré-natal, implementar as consultas de crescimento e desenvolvimento para crianças indígenas menores de 1 ano, chegando a 70% e investigar ao menos 80% das mortes de mães e de recém-nascidos e abortos. Em todo o país, existem 34 Distritos de Saúde Indígena (DSEI), nos quais atuam 510 médicos, sendo 65% são do Programa Mais Médicos. Ao todo, mais de 723 mil indígenas vivem em 5.882 aldeias. Em visita a Manaus, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, entregou cinco Unidades Básicas de Saúde Básica Fluviais para atender a região. A promessa é que mais duas sejam entregues até o final do ano. Segundo o ministro, um novo plano de atenção a saúde indígena está sendo elaborado, em colaboração com as regionais, e deverá ser lançado até o meio do ano que vem. "O local, com diferentes características do resto do Brasil precisa de atenção diferente", pontuou o ministro. *A repórter viajou a convite do Ministério da Saúde
Dados da pasta mostram que a mortalidade infantil indígena, 31,28 por mil nascidos vivos, é mais que o dobro da média geral nacional, de 13,8. De acordo com o ministério, metade das mortes de crianças indígenas ocorre antes de elas completarem um ano. A maioria dos óbitos (65%) é por doenças e causas evitáveis, como problejmas respiratórias, nutricionais e parasitários. O foco do novo programa é atuar principalmente no combate a esses problemas. O diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Allan Sousa, afirma que estas são as mortes mais preocupantes, já que podem ser prevenidas com uma estrutura relativamente simples. "Os óbitos nessa faixa etária motram ou que o pré-natal não foi feito com qualidade, ou que o acompanhamento da criança não está sendo feito", destacou. Para a diretora de Atenção à Saúde Indígena, Regina Celia Resende, outro grande problema nas aldeias é que as mães estão deixando de amamentar os bebês muito cedo. Em média, o período de amamentação dura quatro meses, quando a recomendação é de, no mínimo, seis meses. Antonio Leopoldo Nogueira, do Ministério da Saúde, enquanto a taxa de desnutrição nacional das crianças de até 5 anos é de 1,9%, entre os índios, na mesm faixa etária, é de 8,8%. Segundo o Ministério da Saúde, a dificuldade nos registros de informações de nascidos vivos e de óbitos também interfere no diagnóstico e na formulação de políticas públicas direcionadas para essa população. Conforme dados da pasta, no ano passado, mais de 99 mil crianças foram vacinadas no país, mas, entre as crianças indígenas menores de 7 anos, o índice ficou em 78,9%. O programa lançado hoje tem como metas garantir que 85% das crianças menores de 5 anos tenham esquema vacinal completo, alcançar 90% das gestantes com acesso ao pré-natal, implementar as consultas de crescimento e desenvolvimento para crianças indígenas menores de 1 ano, chegando a 70% e investigar ao menos 80% das mortes de mães e de recém-nascidos e abortos. Em todo o país, existem 34 Distritos de Saúde Indígena (DSEI), nos quais atuam 510 médicos, sendo 65% são do Programa Mais Médicos. Ao todo, mais de 723 mil indígenas vivem em 5.882 aldeias. Em visita a Manaus, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, entregou cinco Unidades Básicas de Saúde Básica Fluviais para atender a região. A promessa é que mais duas sejam entregues até o final do ano. Segundo o ministro, um novo plano de atenção a saúde indígena está sendo elaborado, em colaboração com as regionais, e deverá ser lançado até o meio do ano que vem. "O local, com diferentes características do resto do Brasil precisa de atenção diferente", pontuou o ministro. *A repórter viajou a convite do Ministério da Saúde
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