Casa Branca considera difícil reverter negócios com Cuba
Sem entrar em detalhes, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou suspender o levantamento parcial de sanções contra Cuba, feito pelo atual presidente Barack Obama. "Se Cuba não estiver disposta a fazer um acordo melhor para o povo cubano, o povo cubano-americano e os Estados Unidos como um todo, eu vou terminar o negócio", disse Trump, em mensagem Twitter, postada nessa segunda-feira (28).
A mensagem provocou uma série de debates na imprensa americana sobre a capacidade de o futuro governo desfazer ou não a aproximação econômica, comercial, cultural e política ocorrida entre os Estados Unidos e Cuba nos últimos anos. O secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, também se manifestou sobre o assunto. Segundo ele, não será fácil para Donald Trump reverter uma política que já gerou grandes negócios e beneficiou milhares de pessoas de ambos os países. Ele lembrou que, em breve haverá 110 voos diários dos Estados Unidos para Cuba, sem contar outros investimentos de empresas americanas em hotéis e cruzeiros marítimos. Ontem, a companhia aérea norte-americana JetBlue fez o primeiro voo comercial de Nova York para Havana em mais de meio século, e a American Airlines também iniciou sua primeira rota para a capital cubana partindo de Miami. Segundo o jornal The New York Times, o número de visitantes americanos a Cuba aumentou rapidamente nos últimos anos, com os hotéis em Havana às vezes sendo reservados com quase um ano de antecedência. "Bilhões de dólares em mercadorias de lojas americanas, como Walmart e Best Buy, financiadas com cartões de crédito americanos, chegam a Cuba a cada ano. Restaurantes, celulares e internet mudaram os ritmos e expectativas da vida cubana", acrescentou o jornal. "Desfazer tudo isso é muito mais complicado do que simplesmente usar uma caneta", disse Earnest. Referindo-se à postagem de Donald Trump, ele disse que revogar uma política "não é algo tão simples" como publicar uma mensagem pelo Twitter. Os Estados Unidos iniciaram um diálogo histórico com o governo cubano em dezembro de 2014. Em março de 2016, o presidente Barack Obama fez uma visita a Havana (capital cubana), abrindo dessa forma a possibilidade de levantar, pelo menos parcialmente, as sanções aplicadas desde 1960 a Cuba. Riscos Apesar da expansão das relações econômicas com Cuba, há setores no Partido Republicano que defendem o endurecimento no diálogo com autoridades cubanas. Segundo alguns membros da Câmara dos Representantes e do Senado, o governo Obama fez muitas concessões aos cubanos muito cedo, sem antes exigir algo em troca. Esses setores defendem que, tão logo assuma o governo, em 20 de janeiro de 2017, Trump deve logo recolocar Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo ou até mesmo suspender as relações diplomáticas, promovidas por Barack Obama desde que o atual governo americano decidiu abrir uma embaixada em Havana.
A mensagem provocou uma série de debates na imprensa americana sobre a capacidade de o futuro governo desfazer ou não a aproximação econômica, comercial, cultural e política ocorrida entre os Estados Unidos e Cuba nos últimos anos. O secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, também se manifestou sobre o assunto. Segundo ele, não será fácil para Donald Trump reverter uma política que já gerou grandes negócios e beneficiou milhares de pessoas de ambos os países. Ele lembrou que, em breve haverá 110 voos diários dos Estados Unidos para Cuba, sem contar outros investimentos de empresas americanas em hotéis e cruzeiros marítimos. Ontem, a companhia aérea norte-americana JetBlue fez o primeiro voo comercial de Nova York para Havana em mais de meio século, e a American Airlines também iniciou sua primeira rota para a capital cubana partindo de Miami. Segundo o jornal The New York Times, o número de visitantes americanos a Cuba aumentou rapidamente nos últimos anos, com os hotéis em Havana às vezes sendo reservados com quase um ano de antecedência. "Bilhões de dólares em mercadorias de lojas americanas, como Walmart e Best Buy, financiadas com cartões de crédito americanos, chegam a Cuba a cada ano. Restaurantes, celulares e internet mudaram os ritmos e expectativas da vida cubana", acrescentou o jornal. "Desfazer tudo isso é muito mais complicado do que simplesmente usar uma caneta", disse Earnest. Referindo-se à postagem de Donald Trump, ele disse que revogar uma política "não é algo tão simples" como publicar uma mensagem pelo Twitter. Os Estados Unidos iniciaram um diálogo histórico com o governo cubano em dezembro de 2014. Em março de 2016, o presidente Barack Obama fez uma visita a Havana (capital cubana), abrindo dessa forma a possibilidade de levantar, pelo menos parcialmente, as sanções aplicadas desde 1960 a Cuba. Riscos Apesar da expansão das relações econômicas com Cuba, há setores no Partido Republicano que defendem o endurecimento no diálogo com autoridades cubanas. Segundo alguns membros da Câmara dos Representantes e do Senado, o governo Obama fez muitas concessões aos cubanos muito cedo, sem antes exigir algo em troca. Esses setores defendem que, tão logo assuma o governo, em 20 de janeiro de 2017, Trump deve logo recolocar Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo ou até mesmo suspender as relações diplomáticas, promovidas por Barack Obama desde que o atual governo americano decidiu abrir uma embaixada em Havana.
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