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Temer: reformas geram "incompreensões típicas da democracia plena"

Camila Boehm - Repórter da Agência Brasil

30/04/2017 14h35

O presidente Michel Temer disse hoje (30) que as reformas propostas pelo governo federal são fundamentais para o país e, citando a reforma trabalhista, gera "incompreensões, objeções, contestações, mas que são típicas da democracia plena". O presidente disse ainda que país vai continuar a trabalhar com ou sem protesto.  "Quero aproveitar para contar a todos, especialmente à imprensa brasileira, que eu acabei de transmitir ao senhor vice-primeiro-ministro, as reformas fundamentais que nós estamos fazendo no Estado brasileiro, dentre elas a trabalhista que gera, em um primeiro momento, naturalmente incompreensões, objeções, contestações,  mas que são típicas da democracia plena que nós vivemos em nosso país", disse Temer, na capital paulista, na cerimônia de abertura da Casa Japão, ao lado do primeiro-ministro do Japão, Taro Aso. No discurso, o presidente disse que o Brasil continuará a funcionar com ou sem protestos. "O Judiciário, o Executivo, o Legislativo e o brasileiro é naturalmente um povo otimista, um povo que não tem pessimismo em nenhum instante. Por isso é que nós dizemos: aconteça o que acontecer, haja protestos, não haja protestos, o Brasil continua e continuará a trabalhar".  Na última sexta-feira (28), foram realizados atos e greve geral de várias categorias no país em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência. "Lanço essa mensagem especialmente para os investidores brasileiros e naturalmente os investidores japoneses, que como mencionou o governador Geraldo Alckmin [também presente na cerimônia], já vem aplicando intensamente no nosso país. É para dar tranquilidade e a segurança de que nós estamos desobstruindo os caminhos da economia para alcançar a tranquilidade de todo o povo brasileiro e especialmente eliminar o desemprego, que aflige a muito nesse momento", acrescentou Temer. O presidente reuniu-se com o vice-primeiro-ministro japonês, a portas fechadas, pouco antes do evento. Casa Japão Inaugurada hoje na Avenida Paulista, a Japan House é uma instituição que tem o objetivo de apresentar o Japão do século XXI, por meio de ações nas áreas de cultura, gastronomia, tecnologia e negócios. Nos três andares do prédio, o público poderá conferir a partir de 6 de maio, exposições, seminários, entre outras atividades, que devem trazer ao Brasil criadores e empreendedores japoneses. Esta é a primeira unidade de um projeto mundial do governo japonês. As próximas inaugurações ocorrerão nas cidades de Londres, na Inglaterra, e Los Angeles, nos Estados Unidos. "É uma alegria participar da inauguração da primeira Casa do Japão no mundo. Nós tivemos essa honraria extraordinária. Portanto este espaço alia a beleza e cultura do Japão e os laços humanos afetivos e de amizade que unem o nosso país ao estado japonês", disse Temer. Taro Aso considera positivo que a primeira unidade esteja na capital paulista. "São Paulo é o maior centro da América Latina do ponto de vista econômico e cultural e possui a maior comunidade nikkei do mundo, portanto tenho certeza de que São Paulo é ideal e melhor do que qualquer outra cidade como centro e polo informal do Japão", disse o vice-primeiro-ministro japonês. "Através da Japan House como uma plataforma vão surgir os novos negócios, novos projetos interuniversitários de pesquisas conjuntas e as novas gerações da comunidade nikkei começam a ter interesse sobre seu país de origem, mais turistas brasileiros visitam o Japão e os dois países trabalham em conjunto para superar os desafios comuns que existem no mundo. Ou seja, a Japan House aumenta e multiplica os círculos que unem Brasil e Japão, esse é o futuro que o Japão procura", acrescentou. A cerimônia teve a presença do governador Geraldo Alckmin, do prefeito  João Doria, do ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes e do ministro da Cultura Roberto Freire.