Deputados vão ouvir ministério sobre falta de médicos em hospitais do Rio
Deputados da comissão externa da Câmara que tem vistoriado hospitais federais do Rio há duas semanas vão se reunir com a Secretaria de Assistência e Saúde do Ministério da Saúde na quinta-feira, às 11h. A informação foi divulgada pelos deputados Jandira Feghali (PCdoB) e Chico D'Ângelo (PT), após uma reunião com a diretoria do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), no início da tarde de hoje (10). O Ministério da Saúde confirmou o agendamento da reunião. Os deputados vão questionar o ministério sobre relatos de falta de recursos humanos ouvidos durante visitas às unidades federais na capital fluminense. Além dos dois deputados que vistoriaram hoje o INC, integram a comissão, os parlamentares fluminenses Celso Pansera (PMDB), Hugo Leal (PSB) e Rosangela Gomes (PRB). Já foram vistoriados os hospitais Cardoso Fontes (em Jacarepaguá), de Ipanema, da Lagoa, do Andaraí e de Bonsucesso, e a comissão deve passar ainda pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) e pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. Segundo os deputados, contratos temporários não renovados de médicos e enfermeiros, além de outros na iminência de se encerrarem, ameaçam o funcionamento de setores dos hospitais. Hoje, a comissão visitou também o Hospital Federal da Lagoa. Segundo a deputada Jandira Feghali, a reunião com o Ministério da Saúde tem como objetivo buscar informações oficiais sobre o que vem sendo relatado pelas diretorias dos hospitais: "Aí, vamos nos reunir para pensar as primeiras medidas que vamos tomar". O deputado Chico D'Ângelo destacou que os hospitais têm mão de obra altamente especializada e, por isso, de difícil substituição, em caso de encerramento dos contratos temporários: "Você não consegue uma enfermagem ou um profissional médico, ou um cirurgião cardíaco de imediato, com a experiência acumulada das pessoas que estão aqui. Substituir essa mão de obra muito qualificada não é fácil". O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) e o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) acompanharam a vistoria e também apontaram a falta de recursos humanos como o principal problema dos hospitais. Em nota, o Ministério da Saúde informou que, até o mês de maio, 216 profissionais tiveram seu contrato encerrado e 203 novos contratados substituíram aqueles nos seus postos. O ministério disse ainda que o quantitativo de servidores de que dispõe permite "realizar integralmente os serviços prestados à população", informando também que, de janeiro a maio, houve um aumento de 9% de consultas, 11% de atendimentos de emergência e 8% de cirurgias.
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