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Brasil, Rússia e Japão, os destaques das oitavas de final da Copa

03/07/2018 21h37

As oitavas de final da Copa da Rússia, encerradas nesta terça-feira (3), apresentaram todos os ingredientes: surpresas, favoritos se confirmando, favoritos que saíram devendo e estrelas do futebol mundial voltando para casa. Seleções que já faziam "hora extra" na Copa deram adeus ao Mundial com desempenhos honrosos, mas insuficientes. O Brasil continua bem, assim como a França e o Uruguai, todos do mesmo lado da chave.
Neymar agora divide protagonismo com atletas como Paulinho e Felipe Luís (Reuters/Carlos Garcia Rawlins/Direitos Resevados)
Considerados os melhores jogadores de futebol do mundo, o argentino Messi e o português Cristiano Ronaldo já estão em casa. Cristiano Ronaldo, que encantou o público ao fazer três gols no empate com a Espanha na primeira rodada da competição, não repetiu o desempenho nas oitavas de final, e a seleção portuguesa foi eliminada pelo Uruguai. Messi era a estrela solitária da equipe argentina, que algumas vezes deu a impressão de ter se reunido um dia antes da Copa. Não havia padrão tático, e todos esperavam que o camisa 10 resolvesse todos os problemas dentro de campo. No entanto, Messi fez apenas um gol, e a Argentina foi eliminada pela Françanas oitavas de final. Rússia elimina Espanha Antes da Copa, a seleção anfitriã era considerada uma das mais fracas da competição, na qual esperava-se que ficasse pouco tempo. No ano passado, na Copa das Confederações, a Rússia frustrou a torcida com duas derrotas e a eliminação na primeira fase. Os amistosos preparatórios para a Copa do Mundo também foram desanimadores: três derrotas e um empate antes do torneio. Por tudo isso, os donos da casa, dos quais esperava-se apenas figuração, surpreenderam. Contra a Espanha, nas oitavas de final, os russos fecharam-se na defesa. Sofreram um gol, mas arrancaram um pênalti em uma das poucas subidas ao ataque. Seguraram o empate e venceram a ex-campeã mundial nos pênaltis. Os russos aproveitaram-se de uma Espanha sem criatividade, que chegava à área russa, mas não finalizava, não partia para o drible, não se impunha. A eliminação dos espanhóis decretou o fim de uma geração campeã em 2010 e que tinha no toque de bola envolvente sua maior característica. Japão surpreende e Brasil empolga Entre as classificadas para as oitavas de final, a seleção japonesa era a menos cotada para continuar no Mundial. No entanto, o abismo técnico existentre entre o Japão e a Bélgica não apareceu na partida. O Japão abriu 2 a 0 contra uma Bélgica que parecia não querer jogar. Mas os chamados Diabos Vermelhos acordaram a tempo e viraram o jogo no último lance da partida. O Japão deixou a Copa na hora prevista - ou até depois - mas não sem antes escrever um capítulo interessante na história do futebol. A seleção brasileira impaciente e nervosa que empatou com a Suíça em seu primeiro jogo na Copa não existe mais. O Brasil foi encontrando seu equilíbrio entre defesa, meio-campo e ataque. Na partida contra o México, vence-por-2-0), a seleção brasileira foi empurrada no seu campo de defesa e resistiu. Com paciência e frieza, soube achar os espaços para atacar e marcar os gols. Tite deixa a seleção mais parecida com seu estilo, e a torcida  já não esconde o otimismo nas redes sociais. Neymar não é mais a única estrela da companhia, e sua forma de jogar expõe isso. Com um futebol mais coletivo, divide o protagonismo com Philippe Coutinho, Paulinho, Thiago Silva e Willian. Este último, após três partidas apagadas, foi o "motor" do Brasil no segundo tempo contra os mexicanos. Os belgas serão o maior desafio da seleção brasileira, até o momento. Porém, se a equipe continuar em sua tendência ascendente, o Brasil poderá sorrir na próxima sexta-feira (6).