Iphan e Inepac são contra desfile de megablocos no centro do Rio
O plano da prefeitura do Rio de Janeiro de concentrar na Rua Primeiro de Março, no centro da cidade, os desfiles dos megablocos de carnaval desagradou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). Os dois órgãos estão se mobilizando para reverter a decisão. Uma reunião para tratar do assunto com a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) está marcada para às 10h de quinta-feira (5). A preocupação do Iphan e do Inepac é a preservação dos prédios históricos tombados localizados na Rua Primeiro de Março, sobretudo no trecho que tem início da Candelária e vai até a Avenida Presidente Antônio Carlos. Entre os edifícios, estão a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, o Paço Imperial, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e o Centro Cultural Banco do Brasil. Os órgãos temem que ações de vandalismo, como pichações e depredação, provoquem danos irreversíveis ao patrimônio público. De acordo com o Iphan e o Inepac, ocorrências desse tipo costumam ser registradas quando há eventos na região com considerável concentração de público. Para o carnaval de 2019, a prefeitura planeja organizar um "blocódromo" na Rua Primeiro de Março. A via receberia 11 blocos que reúnem mais de 200 mil pessoas, incluindo alguns que desfilaram na zona sul nos últimos anos. Seria um cortejo por dia. A Riotur informou em nota que o plano foi elaborado após reuniões com diversos órgãos públicos. Uma das motivações para a adoção desta estratégia é o entendimento de ela reduziria o impacto no trânsito da cidade. De acordo com o Iphan, a Rua Primeiro de Março é muito estreita, sofrendo grande impacto com a passagem de trios elétricos. O órgão não apresenta nenhuma alternativa, pois considera que escolher um local mais apropriado é atribuição da prefeitura. No entanto, lamenta não ter recebido nenhuma sinalização de que o plano será revisto e avalia medidas a serem tomadas.
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