Um estudo divulgado hoje (22), pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) indica que o desenvolvimento dos 14 projetos de partilha de produção contratados entre 2013 e 2018 vai demandar investimentos de US$ 144 bilhões nos próximos dez anos. Segundo o estudo, este montante diz respeito somente à área de exploração e produção (E&P) e levará o país a produzir ao final destes dez anos, somente com os 14 contratos de partilha da produção, cerca de dois milhões de barris de petróleo por dia em 2028. Deste total, 250 mil barris diários dizem respeito ao excedente em óleo a que a União tem direito pelo modelo de partilha. Para se ter uma base de comparação, dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a produção total de petróleo no país alcançou em setembro deste ano 2,5 bilhões de barris por dia. Em relação ao total do investimento em E&P nos próximos dez anos, de US$ 144 bilhões, US$ 50,4 bilhões dizem respeito à contratações de plataformas de produção; US$ 43,2 bilhões em sistemas submarinos; e US$ 50,4 bilhões à abertura de poços de exploração e produção.
Gás Natural
Os dados foram divulgados durante o 1º Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo Regime de Partilha de Produção 5+10: Lições Apreendidas e Cenário Futuro, que marca as comemorações pelos cinco anos da assinatura do primeiro contrato em regime de partilha da produção. Firmado em dezembro de 2013, o contrato se destinava à exploração e produção de petróleo e gás natural na área de Libra, na 1ª Rodada de Partilha da Produção no pré-sal da Bacia de Santos, envolvendo o consórcio formado pela Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC. O estudo, elaborado pela PPSA e pela Agência Epbr, estima, ainda, considerando a média dos volumes de excedentes em óleo oferecidos à União nos 14 contratos, que em 2028 a parcela projetada para o governo é de cerca de 3 milhões de metros cúbicos de gás natural, de um total de 24 milhões de metros cúbicos dia a ser produzidos até 2028. As projeções do estudo indicam que a curva de produção estimada para os 14 contratos prevê que já em 2026 estará sendo extraído mais de 1 milhão de barris por dia (1,07 milhão de barris diários). Esse volume este deverá saltar para 1,35 milhões de barris diários em 2027. Uma das maiores províncias petrolíferas do mundo, o pré-sal já responde hoje por mais da metade de toda a produção de petróleo do país. Dados da ANP indicam que a produção diária do polígono saltou da média diária de aproximadamente 41 mil barris por dia, em 2010, para o patamar de 1,4 milhão de barris por dia - média de setembro deste ano. Enquanto nos últimos 60 meses, a produção média de óleo do pré-sal cresceu 344%, a do pós-sal caiu 40%.
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