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Órgãos públicos atuam para garantir água de qualidade em Brumadinho

31/01/2019 13h27

Após sete dias de buscas na região de Brumadinho e nos arredores de Belo Horizonte, os órgãos estaduais e federais intensificam ações e o combate a informações falsas. A Defesa Civil informou hoje (31) que o abastecimento de água disponibilizado para a população está assegurado. O sistema é monitorado por entidades federais e estaduais responsáveis.

"Não há nenhum indicativo de falta de água. A todo momento a água está sendo monitorada", afirmou o porta-voz da Defesa Civil, Flávio Godinho. O porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara, acrescentou que a lama não é tóxica. Segundo ele, a não captação de água da região é uma medida preventiva.

Godinho detalhou que o sistema Brumadinho funciona independentemente do rio Paraopeba. Segundo ele, o sistema de captação de água é feito por meio do Córrego Águas Claras. "Em Brumadinho, não haverá falta de água potável", ressaltou o representante da Defesa Civil, acrescentando que há captação também da Serra Real, dos rios Manso e Velho, além da Várzea das Flores.

De acordo com Godinho, o sistema Paraopeba está "totalmente íntegro". Porém, ele informou que, abaixo do rio Paraopeba, algumas captações de água, feitas por particulares, deverão ser ser interrompidas.

Números

A Polícia Civil toma depoimentos de sobreviventes e coleta amostras de DNA. Segundo a Polícia Civil, foi coletado material de 210 pessoas que representam 108 famílias. Os trabalhos vão prosseguir.

Por enquanto, os dados são de 99 pessoas mortas, dos quais 57 identificadas. Também estão confirmadas 395 pessoas localizadas e 257 desaparecidas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, mais de 360 militares atuam na párea com apoio de 15 aeronaves e 21 cães farejadores. Ontem chegou uma equipe de Santa Catarina e uma aeronave do Espírito Santo. Há, ainda, 66 voluntários que atuam entre a área seca e a inundada. Estes voluntários são pessoas com qualificação técnica.

Harmonia

O porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Carlos Cineli, afirmou que os órgãos estaduais e federais trabalham em conjunto, assim como ocorreu com o grupo de militares israelenses que hoje deixa Brumadinho. Ele ressaltou que há 150 militares das Forças Armadas no terreno e mil homens prestando apoio em outras estruturas.

Para Flávio Godinho, da Defesa Civil, é fundamental ter como foco, no momento, o trabalho de resgate e assistência às vítimas. De acordo com ele, não é possível admitir notícias falsas que coloquem em dúvida as ações em curso. "Não houve em momento algum nenhum desacerto, nenhuma desarmonia entre as tropas de Israel e as que aqui estão."

O porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara, destacou que houve troca de conhecimento entre brasileiros e israelenses. Ele ressaltou que os militares de Israel ajudaram na localização de 35 pessoas.