BC reduz projeção de déficit nas contas externas para US$ 30,8 bilhões
O Banco Central (BC) melhorou a projeção para o saldo negativo das contas externas, neste ano. A previsão para o déficit em transações correntes (compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações) passou de US$ 35,6 bilhões para US$ 30,8 bilhões. A previsão está no Relatório de Inflação, divulgado trimestralmente.
A estimativa para 2019 corresponde a 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Segundo o BC, a revisão ocorreu devido às perspectivas de desaceleração do crescimento da economia global e a redução na projeção do PIB, de 2,4%, previstos em dezembro, para os atuais 2%.
"A alteração incorpora modificações pontuais na composição do déficit, com expectativa de discreto aumento do superávit comercial, e de reduções nas despesas líquidas de renda primária [lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários] e serviços", acrescenta o BC.
O BC revisou de US$ 38 bilhões para US$ 40 bilhões a estimativa para o superávit comercial neste ano. O déficit da conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos, entre outros) está projetado em US$ 36,4 bilhões - US$ 2 bilhões abaixo do previsto no Relatório de Inflação anterior.
Segundo o BC, os pagamentos líquidos de juros estão projetados em US$ 17 bilhões, ligeiramente abaixo da projeção anterior (US$ 17,7 bilhões). As projeções para as remessas líquidas de lucros e ingressos líquidos de rendas secundárias foram mantidas em US$ 20,5 bilhões e US$ 2,7 bilhões, respectivamente.
Investimento estrangeiro
Quando o país registra saldo negativo em transações correntes precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o Investimento Direto no País (IDP), porque os recursos são aplicados no setor produtivo.
A projeção para os ingressos líquidos de IDP segue em US$ 90 bilhões (4,8% do PIB). Em 2018, foram registrados US$ 88,3 bilhões.
A projeção para os Investimentos Diretos no Exterior (IDE) foi ampliada de US$ 7 bilhões para US$ 10 bilhões.
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