Hidrelétrica de Belo Monte liga última turbina e inicia operação completa
O presidente Jair Bolsonaro participou hoje em Vitória do Xingu, no Pará, da cerimônia de ativação da 18ª e última turbina da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a maior usina 100% brasileira, considerada a quarta maior do mundo. O acionamento da turbina também marcou a inauguração oficial do empreendimento, que poderá operar com capacidade total, de 11.233,1 megawatts (MW), e quantidade média de geração de energia de 4.571 MW.
Os estudos de viabilidade para a implantação da usina começaram em 1975, mas a obra só foi iniciada em 2011, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, e durou pouco mais de oito anos. O contrato de Belo Monte, arrematada em leilão pelo consórcio Norte Energia, é de 35 anos, com data inicial de agosto de 2010.
Orçada em R$ 19 bilhões, a construção da usina foi praticamente toda financiada com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia gerada por Belo Monte vai atender cerca de 18 milhões de residências, o que equivale a uma população de 60 milhões de pessoas em todos os estados do país.
"A produção de energia de Belo Monte representa 7% da capacidade total da produção brasileira. Com todas as unidades geradoras da usina funcionando simultaneamente, são capazes de suprir 10% da demanda do mercado nacional", destacou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O ministro ainda lembrou que, durante as obras de Belo Monte, foram gerados mais de 30 mil empregos diretos e usada uma quantidade de concreto capaz de erguer 37 estádios do tamanho do Maracanã.
A área alagada da usina é de 478 quilômetros quadrados (km²). Os reservatórios da usina ficam localizados entre os municípios de Altamira, Brasil Novo e Vitória do Xingu. Já a área de abrangência da usina ainda alcança outros dois municípios: Anapu e Senador José Porfírio.
Custo da energia
Em seu discurso, o governador do Pará, Hélder Barbalho, destacou o tamanho da obra e reforçou a vocação do estado para a produção hidrelétrica. O Pará também abriga a segunda maior usina 100% brasileira, que é a de Tucuruí.
Barbalho ponderou, no entanto, que os consumidores paraenses ainda pagam um custo alto de energia. "O mesmo estado que produz e exporta energia, hoje é a terceira conta de energia mais cara do Brasil, fazendo com que o povo paraense sofra de maneira absolutamente decisiva", afirmou.
O governador defendeu que a Aneel deve buscar estratégias para diminuir o custo de energia aos estados produtores.
Barbalho também criticou a forma de cobrança dos tributos relacionados à energia, que prejudica, segundo ele, os estados geradores. "A geração de energia não deixa qualquer tributo para o estado gerador. A energia produzida aqui, presidente [Jair Bolsonaro], indo para São Paulo, o ICMS da nossa energia é cobrado lá em São Paulo, gerando dividendo para outro estado da federação. Isso precisa ser repensado, ser reavaliado, num equilíbrio tributário que possa favorecer, sim, todas as unidades da federação, mas não ferir de morte os estados que cooperam e colaboram com o nosso país".
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