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Moradores protestam contra morte de jovem em Niterói

Reprodução/GloboNews
Imagem: Reprodução/GloboNews

No Rio

19/04/2014 14h19Atualizada em 19/04/2014 15h36

Quatro ônibus e três carros foram incendiados na tarde deste sábado (19) durante protesto de moradores do bairro Caramujo, em Niterói, na região metropolitana do Rio, contra a morte de Anderson Luiz Santos da Silva, 21, baleado na cabeça na madrugada de sexta-feira (18).

Os manifestantes acusam policiais militares de terem matado o rapaz. A Polícia Militar (PM) nega envolvimento no crime. A Polícia Civil registrou a morte como provocada por bala perdida, disparada durante confronto entre traficantes de drogas e policiais militares. As armas dos PMs envolvidos no tiroteio foram apreendidas para a realização de perícia.

Anderson, que trabalhava como eletricista, foi baleado quando deixava a Igreja Nossa Senhora de Nazareth, onde participara de uma vigília de Páscoa. A irmã dele, de 9 anos, também foi baleada, mas não corre risco de morrer.

Além de queimar os veículos, os manifestantes interditaram a rodovia Amaral (um dos acessos à Região dos Lagos) Peixoto, na altura do Caramujo, e a alameda São Boaventura, umas das principais vias de Niterói.

O protesto começou depois do sepultamento de Anderson, ocorrido nesta manhã no cemitério do Maruí, em Niterói.

A Arquidiocese de Niterói lamentou o a morte de Anderson Luiz por meio de nota.

“Anderson, que atuava na animação musical das celebrações, ia com sua mãe e sua irmã para a igreja, onde participariam da procissão penitencial. No trajeto que faziam de casa para a igreja, começou um tiroteio entre a polícia e membros da comunidade. O jovem, procurando defender sua mãe e sua irmã, foi atingido e morreu.”

A nota segue manifestando solidariedade a famílias que enfrentam violência constantemente. “Rezamos pelo consolo da família do Anderson, e manifestamos nossa solidariedade a todas as famílias que constantemente enfrentam situações de violência”, diz trecho da nota.