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Em São Paulo, 30 mil garis estão em greve em 130 cidades

Catador joga pedaços de madeira em cima de lixo acumulado em calçada da avenida Prestes Maia, no bairro Sacadura Cabral, em Santo André (SP) - Marcelo Gonçalves/Sigmapress/Estadão Conteúdo
Catador joga pedaços de madeira em cima de lixo acumulado em calçada da avenida Prestes Maia, no bairro Sacadura Cabral, em Santo André (SP) Imagem: Marcelo Gonçalves/Sigmapress/Estadão Conteúdo

Em São Paulo

25/03/2015 15h32

Cerca de 30 mil trabalhadores de coleta urbana de lixo estão em greve em 130 cidades de todo o Estado de São Paulo desde segunda-feira (23). Algumas das cidades afetadas são Guarulhos, Osasco e municípios do ABC, na Grande São Paulo. Em São Caetano do Sul, por exemplo, a prefeitura promoveu ligações telefônicas para alertar a população da paralisação.

A Federação dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo (Femaco) informou nesta quarta-feira que uma audiência de conciliação entre as partes no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) nesta terça-feira terminou sem avanços. "Sem acordo, os trabalhadores seguem para o terceiro dia de greve", informa nota da entidade. A entidade patronal que representa as empresas de coleta, o Sindicato das Empresas Urbanas de São Paulo (Selur), quer dar um aumento de apenas 7,68%.

De acordo com o sindicato, os grevistas têm respeitado a decisão da Justiça para que as operações de coleta fossem realizadas em ao menos 70%. "Estamos buscando a dignidade dos trabalhadores. Apesar dos nossos esforços, os patronais mostraram-se intransigentes e insensíveis", afirmou Roberto Santiago, presidente da Femaco.

Ainda de acordo com o sindicato, os grevistas têm respeitado a decisão da Justiça para que as operações de coleta fossem realizadas em ao menos 70%. Como São Paulo e Campinas, duas das maiores cidades do Estado, têm data base de negociação salarial em setembro, seus profissionais não estão paralisados.